Servidores do Detran-DF completam 48 horas de paralisação e podem aprovar greve nesta quinta (8)

Na última sexta-feira (2), o funcionalismo do Detran-DF cruzou os braços mais uma vez e fez uma nova paralisação  com participação em massa de toda a base. Agora, na próxima quinta-feira (8), os servidores interrompem novamente as atividades por mais 24 horas e realizam assembleia com indicativo de greve.
A assembleia acontece às 10h30, no Detran de Taguatinga. Além disso, em celebração ao Dia Internacional da Mulher, será oferecido no local, café da manhã para as trabalhadoras.
Na avaliação de Fábio Medeiros, presidente do Sindetran-DF, sindicato que representa a categoria no Distrito Federal, o recado foi dado ao governador Rodrigo Rollemberg e, caso o GDF não apresente uma contraproposta que atenda dignamente ao pleito dos trabalhadores, o funcionalismo não hesitará em iniciar um movimento paredista.
“Podemos dizer que a paralisação de sexta-feira foi um sucesso, pois a adesão dos servidores vem aumentando a cada assembleia e mobilização. Várias unidades do Detran ficaram sem atendimento e algumas com o serviço precário em razão da grande demanda e pouco efetivo de trabalhadores. Apenas as unidades do serviço “Na Hora” funcionaram.  Contamos com o bom senso do GDF para que o respeito aos trabalhadores e trabalhadoras prevaleça. Esperamos uma contraproposta justa, caso contrário, entraremos em greve por tempo indeterminado”, ressaltou.
Fábio Medeiros explica que as ações e protestos dos servidores são uma resposta ao descaso do governo do Distrito Federal que, desde 2015,  não cumpre com acordos feitos e garantidos em lei, como por exemplo, o pagamento da terceira parcela do reajuste salarial concedido à categoria. Além disso, os servidores exigem o pagamento do reajuste do tíquete-alimentação, jornada de trabalho de 30 horas, autorização para o abono pecuniário, além do reajuste salarial de 37% referente à inflação de 2014 a 2017 mais ganho real.
“Essa é nossa última cartada ao desgoverno de Rollemberg. Vamos juntos, lutar para que nossos direitos sejam atendidos e, principalmente, respeitados”, concluiu o dirigente.