Servidores de Formosa em greve querem transparência das contas públicas

Na próxima segunda-feira (15), os servidores públicos de Formosa (GO) irão ao Ministério Público do município pedir que o órgão intervenha nos problemas gerados ao funcionalismo e à sociedade local pela má gestão do prefeito Itamar Barreto. Eles protocolarão requerimento para ter acesso aos documentos que comprovam os dados disponíveis no Portal da Transparência de Formosa, relativo aos gastos da prefeitura.
A ação compõe a agenda de luta dos servidores, que completam nesta sexta-feira (12) 25 dias em greve. “Esse pedido de fiscalização das contas do governo foi feito ainda no ano passado, mas até agora não houve nenhuma providência, nem pelo Legislativo local, nem por nenhum outro Poder”, declara a dirigente do Sinprefor – sindicato que representa os servidores públicos municipais de Formosa –, Suyenne Borges. De acordo com ela, a solicitação do Sindicato tem como objetivo comprovar que a falta de reajuste salarial do funcionalismo desde 2014, a não reposição das perdas salariais de 2014 e 2015 e o não cumprimento do piso nacional dos professores desde 2013 são consequências exclusivas da má gestão do prefeito Itamar Barreto.
Na semana passada, o prefeito de Formosa se comprometeu a receber o comando de greve e a diretoria do Sinprefor para reunião nessa quinta-feira (11). Porém, pela oitava vez, o prefeito não compareceu. Para Suyenne Borges, a postura de Itamar Barreto é intransigente e irresponsável. “É um absurdo o prefeito marcar oito reuniões e não comparecer a nenhuma. Não são só os servidores que estão indignados com as atitudes da prefeitura; a população tem prestado solidariedade ao movimento e reclamado do governo municipal”, explica a dirigente do Sinpefor.
A dirigente sindical ainda ressalta que o movimento paredista vem crescendo. “A cada dia a praça tem reunido mais servidores. O movimento que começou com adesão de 20% do funcionalismo, hoje conta com 80%. A Guarda Municipal e parte administrativa dos órgãos estão funcionando somente os 30% do quadro, conforme prevê a lei de greve”, afirma.