Sem reajuste, terceirizados no GDF decidem greve nesta quarta (17)
Os empregados das empresas Planalto Service, Juiz de Fora, G & E Serviços, Real JG Serviços e Servegel Apoio, que prestam serviços na limpeza, conservação, manutenção e merenda nas escolas e em vários órgãos públicos do GDF, estão chegando ao sétimo mês sem receber o reajuste salarial (9% para quem ganha até R$ 1.500; 7% para quem ganha acima desse valor), o piso salarial para os encarregados e fiscais e o aumento no tíquete alimentação de R$ 20,00 para R$ 24,00.
Após a direção do Sindiserviços-DF, sindicato que representa os trabalhadores terceirizados no GDF, pressionar os patrões a assumirem suas responsabilidades e cobrar do GDF solução para o desrespeito contratual, restou à categoria usar seu instrumento legal da greve por tempo indeterminado para receber os direitos trabalhistas. Sem alternativa, a assembléia extraordinária, marcada para está quarta-feira (17), às 9h, na Praça do Buriti, deverá aprovar indicativo de greve geral.
As cinco empresas afrontam à Convenção Coletiva de trabalho da Categoria, aprovada no início do ano e registrada no Ministério do Trabalho desde fevereiro, prejudicando cerca de cinco mil pais e mães de famílias prestadores de serviços nos órgãos do GDF.
Ações Judiciais
Após denunciar no Ministério Público do Trabalho e participar de audiências de conciliação entre patrões e o GDF, o Sindiserviços-DF ingressou também com denúncia na Superintendência Regional do Trabalho no Distrito Federal (SRT/DF). Porém, mesmo a SRT/DF tendo poderes para autuar ou aplicar multas nas empresas, tais procedimentos não aconteceram.
O Sindiserviços-DF então moveu Ação Coletiva no Tribunal Regional do Trabalho. Segundo a direção do sindicato, as audiências no TRT só vão acontecer neste segundo semestre, algumas só no final do ano, período em que a categoria já estará debatendo a Campanha Salarial do ano que vem.