Segurança nas escolas também é responsabilidade das famílias e do GDF

As agressões e o desrespeito sofridos por um professor do Centro Educacional Vale do Amanhecer, em Planaltina, na última terça-feira (18/2), após recolher o celular de um estudante durante a aula, reacendem o debate sobre de quem é a responsabilidade de educar crianças, jovens e adolescentes. Para o Sinpro, essa responsabilidade deve ser compartilhada entre os familiares dos(as) estudantes, a sociedade e o governo.

“A educação não pode ser uma responsabilidade apenas da escola e do professor. Enquanto a família, a sociedade e o governo não se comprometerem com o segmento educacional, exemplos de violência e desrespeito com professores(as) e orientadores(as) educacionais voltarão a se repetir. Quem perde com tudo isso é a comunidade, o magistério público e o futuro dos nossos jovens”, avalia a diretora do Sinpro Berenice D’arc.

A dirigente sindical ainda lembra que muitas escolas funcionam com salas de aula superlotadas e com número de professores(as) insuficiente, pontos que prejudicam a orientação docente. “Temos salas superlotadas por falta de escolas, professores em número insuficiente e tudo isso compromete o ensino. Tomando como exemplo a nova lei (proibição do uso de celular nas escolas), poderíamos colocar os celulares em um local reservado, mas a falta de um espaço para colocar os aparelhos impossibilita essa medida.”

O exemplo da violência sofrida pelo professor do CED Vale do Amanhecer também comprova a ausência do Batalhão Escolar, responsável pela segurança nas proximidades da escola. Essa é uma pauta histórica do Sinpro e que vem sendo negligenciada pelo GDF.

“A ausência do Estado no oferecimento de um ambiente seguro nas proximidades da escola é um chamativo para casos de violência e incidência de crimes. Muitos deles poderiam ser coibidos se o Batalhão Escolar fosse uma prioridade para o governo do DF”, afirma Berenice D’arc.

 

Sem diretrizes

A diretora do Sinpro Berenice denuncia a falta de diretrizes da Secretaria de Educação do DF no trato da nova legislação que proíbe o uso de celulares nas escolas (Lei nº 15.100/2025). Após sanção da legislação pelo presidente Lula, professores(as) e orientadores(as) educacionais da rede pública de ensino do DF não receberam qualquer tipo de orientação de como lidar com os(as) alunos(as), sobre a melhor forma de abordagem ou cuidados necessários em casos de desrespeito por parte do(a) estudante.

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