Segundo atirador provoca e dispara em acampamento CUTista

Após tentarem tumultuar a Marcha das Mulheres Negras, golpistas ligados aos movimentos que pedem o retorno da Ditadura Militar provocaram dirigentes e militantes CUTistas com rojões e agressões verbais, quando o acampamento da Central Sindical em Defesa da Pauta da Classe Trabalhadora estava sendo instalado ao lado do Congresso Nacional.

Um dos integrantes do movimento pró-golpe adentrou a área dos CUTistas para provocar. Fugiu ao ser interpelado, fazendo disparos de pistola para o ar (veja foto e vídeos).  Também policial civil, o atirador correu para a barreira da PM, onde foi detido.

O episódio ocorreu cerca de uma hora depois do mesmo grupo atacar as mulheres negras que marchavam próximo ao Congresso. Nesta hora, as mulheres já haviam seguido rumo ao Nilson Nelson.

O acampamento CUTista foi instalado pela manhã desta quarta-feira (18), reunindo dirigentes e militantes CUtistas de várias categorias, especialmente dos rodoviários, de vários pontos do país. Logo cedo, até mesmo antes do ataque que fizeram às mulheres, o golpistas (que também estão acampados nas proximidades) já haviam provocado os sindicalistas com palavras ofensivas.
IMG-20151118-WA0036O secretário de Comunicação da CUT Brasília e do Sindicato dos Rodoviários do DF, Marco Junio, explica que os trabalhadores ficaram  revoltados com a postura da Polícia Militar que não realiza a revista de forma igual nos grupos que permanecem acampados no gramado do Congresso. Vários CUTistas foram revistados sob a mira de armas, enquanto os golpistas circulavam tranquilamente. “Já é um absurdo um cara atirar sem motivo algum no meio de mulheres, homens, idosos e crianças. Pior é a Polícia Militar não tomar providências, o que levou outro a atirar também no meio de pais de famílias, trabalhadores”, explica o dirigente.
O presidente da CUT Brasília, Rodrigo Brito, manda um recado: ‘É lamentável a intolerância, o ódio e o desrespeito daqueles que não se conformam com as vitórias do povo trabalhador. É triste o ocorrido, mas os CUTistas não arredarão o pé enquanto o Congresso não colocar em pauta as reivindicações do trabalhadores. Queremos garantir e ampliar direitos e implementar nova política econômica que promova o desenvolvimento de acordo com os interesses dos trabalhadores, com mais emprego e renda e menos desigualdade social. E não é um grupo de ditadorezinhos e ‘coxinhas’ que precisam usar das armas para conseguir o que quer que vai nos intimidar. Somos da paz, da luta e da coragem e é através disso que vamos avançando na luta”, ressalta o dirigente.