Se os preços estão caros, a culpa é do Bolsonaro!

Você se lembra quando o brasileiro tinha a mesa farta; pagava R$ 2.50 pelo litro da gasolina; convivia com uma inflação próxima a 0,83% ao mês; observava a geração de emprego em alta constante (entre 2003 e 2015, foram gerados mais de 22 milhões de postos formais de trabalho); vivia em um país democrático, de respeito e tolerância entre todos, sem falar de outros fatores que faziam do Brasil um país respeitado no exterior e feliz para se viver? Todas estas lembranças fazem parte de um passado recente, mas bem distante de grande parte da população brasileira atualmente.

Como um verdadeiro castelo de cartas que desaba na primeira rajada de vento, tudo aquilo que foi construído em quatorze anos de muita luta foi praticamente pulverizado por uma política privatista, intolerante, antissocial e inconsequente praticada pelo atual governo federal. O que temos como saldo em pouco mais de três anos de (des)governo de Jair Bolsonaro é a disparada dos preços em geral e uma grande falta de perspectiva para o(a) brasileiro(a) e para o mercado exterior, que não vê o país como um bom lugar para se investir.

 

Fora Bolsonaro

Dando prosseguimento à campanha do Sinpro pelo Fora Bolsonaro, fica evidente que Se os preços estão caros, a culpa é do Bolsonaro! Em janeiro de 2019, quando Bolsonaro assumiu a presidência, o litro da gasolina era vendido por R$ 4,26 em grande parte do Brasil. Passados pouco mais de três anos, o consumidor está pagando R$ 7.68, de acordo com levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Já o litro do diesel teve alta ainda maior, de 69,1%. Subiu de R$ 3,437, no início do mandato, para 5,814, atualmente. O botijão de gás de 13 quilos saltou de R$ 69,26 para R$ 102,42, um aumento de 47,8%. Nesse intervalo, a inflação geral medida pelo IPCA (IBGE) ficou em 21,86%, ou seja, os aumentos da gasolina superam em 158,46% (quase 2,6 vezes) a já elevada inflação oficial.   

Outro ponto que infelizmente explodiu os valores foi o dos alimentos. Em um ano de pandemia (março de 2020 a fevereiro de 2021), a inflação sentida pelas famílias brasileiras mais pobres foi de 6,75%. Essa taxa representa o dobro do impacto para as famílias mais ricas, de 3,43% no mesmo período, segundo os dados do indicador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de inflação por faixa de renda. A disparada no preço dos alimentos impacta mais os mais pobres porque essas famílias gastam cerca de 25% de seu orçamento com alimentos em domicílio, enquanto os mais ricos gastam menos de 10% nessa categoria.

A inflação é um dos indicadores da economia com impacto mais direto (e fácil de ser percebido) na vida das pessoas. Diferente de outros aspectos da economia, a alta inflacionária puxada por alimentos está no dia a dia da população. Quanto menor o orçamento familiar, menos margem a família tem para acomodar eventuais aumentos nos preços.

O número de desempregados é outro fator que tem desesperado o brasileiro. Segundo economistas, o desemprego continuará em alta, seguindo ao redor dos 13%, mantendo a triste média de 15 milhões de desempregados. O índice é desesperador para a expectativa de crescimento econômico e retrata bem a realidade vivida hoje no Brasil. Sem emprego, aumenta-se a fome, a pobreza, a carestia e a desigualdade social, fator que havia sido excluída do país nos governos do PT.

 

Perdas para a categoria

O magistério público também tem sofrido com o aumento dos preços e com a situação econômica no Brasil. A exemplo de grande parte da população, a realidade é cada vez pior.

Para a diretoria colegiada do Sinpro, “é lamentável a situação em que se encontra nossa categoria, com uma redução dramática do poder de consumo, resultado de sete longos anos de congelamento salarial em um contexto de carestia exponencial de produtos de consumo básico. Nossa categoria está cada vez mais endividada e perdendo poder de compra”.