Rumo ao 6 de julho, Dia Nacional de Mobilização da CUT
Dia 6 de julho é dia de mobilização da CUT no Brasil inteiro. Em todos os estados, a central organizará manifestações para dialogar com a população sobre a necessidade de aprofundar o modelo de desenvolvimento em que todos os brasileiros tenham acesso a ganhos reais. As atividades integrarão todas as categorias em torno de uma pauta com três eixos centrais: trabalho e sindicalismo(ganhos reais e cláusulas sociais nas campanhas salariais do 2º semestre; redução da jornada para 40 horas semanais sem redução de salário; liberdade e autonomia sindical; fim do Imposto Sindical; combate às práticas antissindicais; fim do Fator Previdenciário; e combate à precarização e à terceirização); alimentação (reforma agrária, PEC do Trabalho Escravo; luta contra os agrotóxicos; e contra o modelo agrário atual) e educação (aprovação do Plano Nacional de Educação em 2011; valorização dos profissionais; e educação no campo).
A pouco menos de 15 dias da grande manifestação unificada, as CUTs nos estados já planeja, ações e definem agendas regionais que integrarão as atividades. É o caso da central no Amazonas, região Norte, que realizará panfletagens em portas de fábrica, canteiros de obras, garagens de ônibus e no comércio. O objetivo é atingir ao menos 250 mil pessoas.
Além das reivindicações nacionais, os trabalhadores da região cobrarão a manutenção dos benefícios fiscais à Zona Franca de Manaus, responsável por milhares de empregos. “Cerca de 120 mil pessoas dependem diretamente desse pólo, fora quem está no comércio, nos hotéis, nos setores de serviços e construção civil. Hoje, é o motor da nossa economia. A queda do emprego incide diretamente no aumento do desmatamento porque o pessoal vai precisar de outra alternativa para sobreviver e acabará devastando a floresta”, acredita o secretário de Organização da CUT-AM, Berenício Lima.
Outro ponto importante para os trabalhadores da região é ampliação do programa Luz para Todos no Estado. “Por conta das dificuldades regionais, o programa chegou a poucas comunidades. E nesse momento em que discutimos planos para ampliar a internet no Brasil, não podemos esquecer que em muitos lugares a oferta de energia elétrica é insuficiente. Precisa melhorar até para que mais empresas tenham condições de se instalar por aqui”, avalia o dirigente.
Nordeste
No Nordeste, as mobilizações também irão reunir milhares de trabalhadores. A CUT do Rio Grande do Norte já prepara uma grande marcha ao lado de outras entidades dos movimentos sociais, principalmente das organizações que compõem o Grito da Terra.
“Caminharemos pelas ruas do centro administrativo de Natal e também iremos organizar atos em municípios do centro, como Mossoró, para conversar com a população sobre a pauta da CUT. Iremos também tratar de problemas locais como a necessidade de moradia digna, reforma agrária e saúde de qualidade, já que os postos de saúde do Estado estão em péssimas condições”, disse Eliete Vieira, secretária de Mulheres da CUT-RN.
Já a CUT-MA, definiu em plenária no último dia 16 que o Dia Nacional de Mobilização no Estado será marcado por um grande ato público. Os trabalhadores se concentrarão na Praça Deodoro, tradicional palco de manifestações, sairão em passeata pelas ruas de São Luís, levando sua solidariedade aos servidores municipais que estão em campanha salarial e encontram dificuldades na negociação com o poder público.
“A nossa Plenária foi bastante representativa, com participação de todos os ramos de atividade da CUT e a nossa expectativa é unir todas as categorias em uma grande mobilização para intensificar nossas campanhas salariais do segundo semestre, como forma de pressão por ganhos reais”, destaca Nivaldo Araújo, presidente da CUT-MA.