Rodoviários conquistam reajuste salarial de 10% e finalizam greve

Trabalhadores encerram a greve, iniciada nesta segunda-feira (8), com reajuste de 10% nos salários e 11% no tíquete alimentação. O retorno dos motoristas e cobradores ocorreu no final da tarde desta quarta (10). O sistema de ônibus será totalmente normalizado nesta quinta-feira (11).

O novo pedido dos rodoviários, que diminuía os percentuais de reajuste reivindicados, foi enviado à Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, na manhã de quarta-feira (10), após acabar sem acordo a primeira audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

A nova proposta dos rodoviários foi formulada e aprovada em assembleia de manhã na Rodoviária do Plano Piloto. Em uma outra reunião, após a assembleia ainda no dia 10, os empresários acataram os novos valores.

A proposta inicial dos patrões era inaceitável:  8,34%de reajuste  nos salários – valor correspondente ao aumento da inflação – sem reajuste no auxílio-alimentação. Enquanto isso, o pedido dos funcionários era de 20% a mais nos salários e 30% no auxílio-alimentação. A dificuldade de negociação, causada por uma proposta mínima dos empresários e indisposição do GDF em participar do acordo, mesmo sendo responsável pela contratação das empresas e pelo transporte público, resultou em greve que durou três dias (8 a 10).

Uma nova audiência, marcada para sexta-feira (12), vai discutir a multa instituída pela Justiça ao Sindicato dos Rodoviários do DF (Sittrater) pela paralisação. O valor da multa é de 100 mil reais por dia de greve.

O presidente do Sittrater, Jorge Farias, afirma que a luta dos rodoviários ainda não acabou. “Nós sempre  buscaremos melhores condições e direitos para a categoria. Dessa vez, tivemos que recuar um pouco para que chegássemos a um acordo, pois vimos que os rumos da negociação poderiam prejudicar os trabalhadores. Mas só foi com dura luta dos rodoviários, enfrentando pressões e intimidações de toda ordem, que conseguimos aumento real, além da inflação, nos salários e no auxílio alimentação. Sem nossa capacidade e disposição de luta, os patrões não dariam nada além da inflação”, disse o presindente do Sittrater, Jorge Farias.

Com informações da CUT Brasília