Revista da ANPEGE aborda a desigualdade racial no Brasil

A última edição da Revista da ANPEGE (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia) traz uma análise sobre o resultado do Censo Demográfico do IBGE de 2022, que revelou um aumento significativo da população brasileira que se autodeclara preta (+32%) ou parda (+11%).

Ao longo da década de 2010, pretos e pardos deixaram de representar 53% da população total para representar 56,1%. Na contramão desse movimento, a população que se autodeclara branca diminuiu de 46,3% para 43%. O Censo revela, também, o total da população quilombola do país: 1.327.802 pessoas.

Mesmo sendo perceptível que a maioria absoluta da população do país é negra, autodeclarar-se como tal sempre foi um grande desafio em função do racismo estrutural e da branquitude. Porém, nas décadas recentes, especialmente ao longo do século XXI, percebe-se avanços na educação para a questão, associadas a políticas públicas de reparação histórica, como é o caso das cotas, com reflexos na cultura da sociedade.

Com o passar dos séculos, os quilombos assumiram novas formas e conceitos e encontram-se hoje presentes nas cidades e nos campos, nos lares e nas redes sociais, nas políticas públicas e nas escolas. Mas como é possível identificar essa realidade? A materialidade da vida cotidiana corresponde com esse novo imaginário coletivo sobre ser negro? Como se manifesta a desigualdade racial no Brasil?

Essas e outras questões são abordadas nesta edição, que traz junto aos artigos do fluxo contínuo a Sessão Temática Geografias Negras, organizada pelos professores Alex Ratts (UFG) e Manoel Santana (UERJ-FFP).

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