RETROSPECTIVA 2020 | A conta da falta de investimento na educação chegou em junho

Em junho, os resultados da falta de investimento na educação, agravados pela pandemia, vieram à tona. Realizamos pesquisas sobre o tema e denunciamos que mais de 127 mil estudantes das escolas públicas não teriam acesso às aulas remotas por não terem aparelhos propícios e nem conexão com a Internet.

Com o início do teletrabalho para o magistério, o Sinpro-DF lançou o serviço “Fale com o Sinpro”. A plataforma foi acionada para gerar um canal de escuta como medida de proteção, orientação e defesa da comunidade escolar. Diante do intenso ataque aos direitos trabalhistas, o sindicato mobilizou o Ministério Público do Trabalho (MPT) e conquistou a definição de medidas protetivas para assegurar condições de trabalho e de saúde da categoria no trabalho remoto. Garantimos o pagamento de precatórios e licenças-prêmio não gozadas a aposentados(as) da categoria, bem como de pessoas com deficiências física ou mental incapacitantes e maiores de 80 anos.

Entre maio e junho, garantimos a efetivação da posse dos 821 professores(as) que aguardavam a chamada desde março. E ainda revertemos o fechamento de turmas e a devolução de professores(as) substitutos(as) no sistema socioeducativo.

Não minuto de descanso na luta sindical porque os próprios governantes, muitas vezes eleitos, atuam no Estado em defesa de interesses pessoais e privados. Por isso, os ataques à educação pública são diuturnos e a luta do sindicato é permanente. Foi assim que os políticos fundamentalistas aproveitaram a pandemia e o trabalho remoto para apresentar projetos de lei distritais alinhados com o Programa Escola Sem Partido e implantaram o Ensino Domiciliar, o chamado também de Homeschooling: que irá prejudicar centenas de crianças e adolescentes. Todos eles amplamente repudiados pelo Sinpro-DF.

Ainda entre maio e junho, o sindicato manteve firme a luta contra o aumento das alíquotas previdenciárias, com ampla mobilização virtual e pressão junto aos parlamentares.