Retorno às escolas acontece em meio a dados alarmantes na Saúde e falta de diálogo da SEE

O ano letivo de 2022 se inicia hoje, 7 de fevereiro, de uma forma bastante indesejável. O Sinpro-DF vem solicitando reunião com o Governo do Distrito Federal e a Secretaria de Educação para discutir a organização e as condições para o novo ano letivo neste momento tão específico, bem como para debater a pauta de reivindicações da categoria, porém, não foi recebido até o presente momento. Sendo assim, o retorno ao trabalho dos profissionais de Educação se dá num ambiente de insegurança e apreensão.

Na noite de domingo, 6 de fevereiro, o DF atingiu, mais uma vez, o triste índice de 100% de ocupação de leitos de UTI destinados a pacientes adultos de Covid-19. O número de novos casos diários tem batido recordes e, nos últimos dias, o índice de transmissibilidade da doença na capital federal está em 1,20, o que representa que 100 pessoas infectadas transmitem o vírus para outras 120, indicando pandemia em aceleração.

A vacinação de crianças, boicotada pelo governo federal, começou tardiamente, e ainda não alcançou um número seguro. Até sexta-feira, 04, 81 mil crianças haviam sido vacinadas em primeira dose. No DF, há 268 mil crianças entre 5 e 11 anos, segundo a secretaria.

Ao recusar-se a receber o Sinpro para organizar e discutir critérios e condições para o início do novo ano letivo, o GDF assume a postura negacionista de ignorar os dados e a real situação da pandemia da covid-19 no DF. A insistência em não abrir o debate revela descaso com os profissionais de Educação, as crianças e adolescentes que frequentam as escolas e toda a comunidade escolar.

Está prevista uma assembleia geral da categoria para dia 22 de fevereiro. A diretoria colegiada do Sinpro solicita que todos e todas estejam atentos(as) às convocações.

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