Sinpro-DF conquista 203 assinaturas em favor da aposentadoria diferenciada de professores

O Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) conquistou uma vitória importante contra a reforma da Previdência (PEC 06/2019), apesar de tantas derrotas impostas por essa reforma à classe trabalhadora, nesta quinta-feira (4), no Congresso Nacional. O sindicato obteve a adesão de 203 parlamentares no abaixo-assinado em favor da manutenção da aposentadoria diferenciada de professores e professoras como existe hoje no país.

As assinaturas também proporcionaram a criação da Frente Parlamentar em Defesa da Manutenção da Aposentadoria das Professoras e Professores. Até a próxima semana, o estatuto da Frente Parlamentar será elaborado e divulgado. Mas isso não significa que o texto aprovado nesta quinta-feira na Comissão Especial e que segue para o Plenário na semana que vem está modificado a favor da categoria.

Trata-se de uma vitória inicial muito importante. Contudo, para ela ser consolidada, é preciso que cada professor e professora, cada trabalhador e trabalhadora, de hoje em diante, telefone para cada um dos deputados federais e senadores de sua base eleitoral para pressioná-los a votar, em Plenário, contra essa reforma. A votação em Plenário deverá ocorrer na próxima semana, antes do recesso parlamentar, previsto para começar no dia 17 de julho.

A ação do Sinpro-DF, em conjunto com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e a atuação da deputada federal Érika Kokay (PT-DF), assegurou a adesão de pelo menos um terço dos congressistas, envolvendo Câmara dos Deputados e Senado Federal.O número mínimo de assinaturas para garantir o direito era de 198 parlamentares. O sindicato conseguiu 203.

O resultado dessa coleta de assinaturas e da adesão de parlamentares ao pleito da categoria significa também que a disputa, agora, será no Plenário, todavia, com pelo menos um terço de apoio de parlamentares que assinaram o documento que pleiteia a manutenção das regras atuais de aposentadoria de professores e professora.

Ou seja, ainda que a Comissão Especial da Reforma da Previdência aprove o texto da reforma como está, a real disputa será no Plenário, cuja decisão é definitiva e local em que a categoria terá alguma força com esse um terço de adesão. Apesar dessa vitória inicial, a ação do sindicato depende da unidade, da presença e da participação massiva da categoria nas atividades político-sindicais convocadas pelo Sinpro-DF. A luta continua dentro e fora do Congresso Nacional.

No dia 12 de julho teremos uma mobilização nacional, organizada por todas as centrais sindicais e pela CNTE, contra a reforma da Previdência porque não basta defender os nossos interesses corporativos, é preciso defender o país dos ataques dos banqueiros. Essa reforma é pleiteada de forma acintosa e criminosa por banqueiros brasileiros e estrangeiros e não tem nada de bom para a classe trabalhadora.