Quais medidas o GDF está tomando para o início do ano letivo?

Já estamos há mais de 2 anos convivendo com a pandemia da Covid-19. Tempo suficiente para organizar as escolas e  reformá-las, se necessário. Mas o que vemos é que muito pouco foi feito durante esse tempo. O GDF não proporcionou acesso digital aos estudantes, investiu na estrutura das escolas, na mobilidade urbana, que é fundamental e determinante para a não  circulação do vírus, não comprou máscaras específicas de alta proteção. Com todo este tempo, é impressionante e de indignar que o governo não tenha um plano de ação emergencial.  O GDF espera uma nova bomba estourar, os hospitais e UTIs  estão lotados, quando vão começar a agir?. Segundo um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação (SBCC) o transporte público brasileiro é o ‘grande vilão’ para a disseminação da variante Ômicron da Covid-19 e o que vemos no DF são os ônibus cada vez mais lotados e a taxa de transmissão cada vez mais alta, chegando a 2.61 no último mês.

Vivenciamos o ódio a educação pública e a escola por parte do governo quando analisamos os dados que arrecadação do GDF aumentou e o repasse para as escolas públicas diminuiu em 10 milhões em relação ao ano passado.

Enquanto isso, a variante ômicron segue se espalhando, altamente transmissível e com o retorno do ano letivo o medo toma conta da comunidade escolar e da sociedade.  Dia 14 de fevereiro as crianças, os  adolescentes e os jovens voltarão para as escolas públicas do DF. Apenas uma parte das crianças de 5 a 12 anos estarão com a primeira dose no braço.

Algumas medidas, que desde o início da pandemia repetimos insistentemente, precisam ser tomadas como: a apresentação do comprovante de vacinação (passaporte vacinal), o uso de máscaras adequadas, álcool e estrutura física que comporte adequadamente estudantes e profissionais da educação, respeitando o distanciamento social, a necessidade de salas de aula com ventilação, higienização e espaço suficiente para o distanciamento entre estudantes.

A obrigatoriedade da vacinação contra inúmeras doenças está prevista em lei, como a de nº 6.259, de 1975. Em 1990, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) foi sancionado prevendo como “obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias”.

A própria Secretaria de Educação do DF sempre pediu na entrega dos documentos das crianças a caderneta de vacinação. Por que com a covid 19 está sendo diferente?

O Governos Federal e Distrital seguem a mesma linha de tratar a vacinação como algo opcional, não fazem campanha de vacinação, não incentivam a população mostrando os benefícios da vacina. Ao contrário, tratam como opção, uma escolha pessoal, sendo que a vacinação é um pacto coletivo pelo bem de tod@s.

A vacinação é um ato de amor à própria vida ao próximo!
Vacinem suas crianças, a escola é lugar de alegria e não de medo!

Gabriel Magno
Professor da Rede Pública do DF
Dirigente da CNTE