Propaganda de Rollemberg mascara retirada de direitos e prejuízos à sociedade
O Governo do Distrito Federal (GDF) tem veiculado ao longo do mês, nas emissoras de rádio e televisão, uma peça publicitária que tenta justificar o injustificável: o calote que pretende dar nos servidores públicos e o aumento – bem acima da inflação – a ser aplicado com reajustes em tarifas e preços públicos, penalizando a sociedade como um todo.
Logo no início da tal peça, o governo local tenta explicar a não realização de novos concursos públicos e o não pagamento de reajustes salariais a 32 categorias profissionais – que entrariam em vigor neste semestre – sob o argumento de ter encontrado um suposto rombo de R$ 6,5 bilhões no início da gestão e de ter atingido o limite máximo permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) com gasto de pessoal.
Entretanto, esquece-se de dizer que, no caso do magistério público, esses reajustes estão previstos em leis aprovadas pela Câmara Legislativa em 2013 e contemplados no Plano de Carreira da área. São fruto de muita luta e de uma greve que durou 52 dias. Essas leis foram questionadas pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e consideradas válidas pelo Conselho Especial do Tribunal de Justiça do DF, com um placar de 17 a zero.
Não cabe agora ao GDF transferir essa responsabilidade e punir os servidores.
O mais curioso é que depois de todo esse discurso apocalíptico de “grave crise”, a propaganda declara que “o Governo de Brasília adotou essas medidas para garantir o equilíbrio financeiro e que os serviços públicos não deixem de ser prestados”.
Como os serviços públicos vão se manter se o servidor está sendo desrespeitado no mais básico de seus direitos? Isto é, como prestar serviços se o GDF não paga os salários em dia e agora aplica calote em reajustes salariais previstos em lei?!
Ainda reflexo da má gestão e da desorganização do orçamento por parte do governo Rollemberg, já chegaram o aumento das passagens de ônibus e metrô, sem falar do aumento no valor do prato nos restaurantes comunitários. O IPTU, a Contribuição de Iluminação Pública (CIP) e a Taxa de Limpeza Pública (TLP) terão valores majorados, acarretando em aumento direto para a sociedade e que o professor também terá que arcar.
Esse é o Governo de Brasília que, segundo a propaganda, “faz o melhor pela nossa cidade”. Imagine se fosse fazer o pior!