Projeto Terras Indígenas: a diversidade em exposição
Os professores da Escola Parque 210 Norte Cleber Cardoso Xavier e Renata Valls participam da exposição Terras indígenas, que está no Memorial dos Povos Indígenas , em frente ao Memorial JK, até o dia 30 de junho. O projeto Terras Indígenas/Terres Indigènes propõe que cada artista crie um trabalho inspirado num povo indígena que será sugerido. Diferentes meios de expressão e suportes são possíveis. A intenção é poder representar todos os povos indígenas existentes em futuras exposições. Nesta mostra 56 povos estão representados.
Segundo Cleber, visitar a exposição é uma oportunidade para os professores e professoras mostrarem aos seus alunos a força e diversidade das culturas indígenas do Brasil e a complexidade da vida em que eles estão inseridos atualmente: a relação com a natureza, as tradições ancestrais, os conhecimentos tradicionais, os valores sociais e culturais. “É uma interface entre arte e educação”, acredita ele.
A história do projeto
Com base nos dados da Funai, em 2005, havia 225 sociedades indígenas no Brasil (180 línguas faladas) vivendo em aldeias e em áreas urbanas. Para criar uma metáfora sobre as terras que cada povo indígena deveria ocupar, a artista Cláudia Camposs preencheu com terra, 225 frasquinhos de vidro. Cada um deles possuía um nome que correspondia a um povo indígena diferente e um texto que propunha a participação de outras pessoas neste projeto.
No ano de 2005, ano cultural do Brasil na França (Nuit Blanche em Paris), ela começou a distribuí-los. Em 2006, este trabalho seria exposto no Museu Bispo do Rosário (RJ) e em seguida por três vezes na França.