Projeto Sementes do Amanhã incentiva alunos da EC Varjão terem atitudes sustentáveis

Escola Classe Varjão do Torto recebe o projeto Semestes do Amanhã, de 2 a 9 de junho, durante a Semana Nacional do Meio Ambiente. A data é em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho. A iniciativa — que já passou pelas unidades de ensino Vila Rabelo, em Sobradinho 2 e Escola Classe 2, na Estrutural—, promove a conscientização ambiental de crianças de 7 a 11 anos. A ação contemplará um colégio de cada uma das seis regiões mais economicamente vulneráveis do Distrito Federal — Sobradinho II, Varjão, Estrutural, Itapõa, Ceilândia e Vila Telebrasília. O objetivo do projeto é incitar uma mudança de atitude e fazer com que os jovens percebam que eles têm responsabilidade sobre a preservação e o cuidado como planeta. Além disso, o foco do trabalho é aplicar o que foi proposto na Carta da Terra — declaração de princípios éticos fundamentais para a construção de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica.
Dentre as atividades desenvolvidas pelo projeto estão: Oficina de cantigas de rodas, que resgata brincadeiras antigas com temas relacionados à consciência ambiental nas crianças e conta com a participação de uma companhia de teatro local para ajudar nas dinâmicas; contação de histórias, oficina que trata sobre educação ambiental, a partir da leitura de livros escritos por autores brasileiros; oficina de reciclagem, arte e criação, que trabalha com a ideia dos 3R´s — reduzir, reutilizar e reciclar —, e busca fazer com que os alunos reaproveitem materiais utilizados em casa e os transformem em brinquedos, cofres e porta-retratos; visita de campo, que proporcia o contato mais direto entre os estudantes e a natureza. Além disso, a saída de campo permite que os alunos vejam de forma mais prática os passos e as atitudes que precisam ter para garantir a preservação do planeta.
Fabíolla Fernandes, coordenadora de produção do Semestes do Amanhã, enfatiza que o projeto é relevante porque promove uma mudança de atitude nas crianças. “Com a iniciativa, os estudantes percebem que é importante existir uma conexão entre o ser humano e a natureza. Afinal, eles serão a ponte entre a família e o que aprenderam. Eles serão os verdadeiros agentes multiplicadores da educação ambiental”, completa.
Visita especial
Durante as duas saídas de campo, que ocorreram em 3 e 4 de junho, 120 alunos receberam mini -oficinas coordenadas por instrutores formados em ciências ambientais. A visita especial foi feita na Casa da Árvore, instituição pedagógica focada em educação ambiental, localizada no Córrego do Urubu, no Lago Norte. Nas mini oficionas, os estudantes assistiram a apresentações sobre poluição e formas de conter o aumento dela, plantio de mudas, compostagem (processo biológico em que microrganismos transformam a matéria orgânica em um composto, que pode ser utilizado como adubo) e reutilização de materiais. Além disso, um pequeno grupo de 10 alunos se aventurou em uma trilha ecológica para conhecer melhor o bioma do cerrado.
Motivados a promover mudanças 
Daniel Viana da Silva, 7 anos, aluno do 2º ano do ensino fundamental da Escola Classe Varjão do Torto, gostou bastante da experiência. “Eu nunca tinha plantado. Eu achei bem legal ter plantado um girassol. Eu acho importante participar desse projeto porque a gente ajuda a não matar os animais e as plantas, eles são amigos da gente”, acrescenta.
Para Daniel também é preciso ter atitudes sustentáveis para preservar o planeta. “Sempre que eu saio de um lugar, eu apago a luz. O meu banho demora uns 8 minutos”, enfatiza. O jovem ainda ressalta que gostou tanto da oficina que participaria de novo, caso tivesse outra oportunidade.
Jamile da Silva, 7 anos, aluna do 2º ano da Escola Classe Varjão do Torto, afirma que achou a experiência relevante, principalmente, porque pretende trabalhar com isso no futuro. “Eu quero ser cuidadora de plantas quando eu crescer. Por mim, eu voltava lá agora para cuidar das plantas e não deixar que elas morram. Inclusive, eu adorei ter plantado um girassol, apesar de não ter sido a primeira vez”, destaca.
(Do Correio Braziliense)