Projeto que representou o ensino médio de Ceilândia fica em primeiro lugar no DF
O Centro de Ensino Médio 12 de Ceilândia fez bonito no 12º Circuito de Ciências das Escolas Públicas do Distrito Federal. Com a orientação dos professores de biologia Daniel Guedes e Gabriella Karoline, trabalhando com o tema O que fazer se encontrar uma serpente?, o projeto ficou em 2º lugar na etapa regional de Ceilândia e em 1º lugar na etapa distrital do mesmo circuito.
O PIC do CEM 12 de Ceilândia é uma ferramenta didática capaz de realizar atividades extraclasses que integram alunos(as) com interesses em comum, que é fazer e pensar Ciência de maneira inclusiva, uma vez que o projeto é desenvolvido na Sala de Recursos, utilizando o formato de inclusão reversa. Este projeto possibilita que os(as) estudantes realizem atividades bem diferentes das que são desenvolvidas em sala de aula, além de dar a possibilidade de conhecerem lugares novos por meio das saídas técnicas, que agregam em novas experiências, estimulando a aprendizagem através do lúdico conforme competências e habilidades da Base Nacional Comum Curricular.
Para iniciar o processo de investigação científica os(as) estudantes foram divididos em grupos conforme o interesse na pesquisa: coleta de informações em ambientes virtuais e com fontes confiáveis; definição de estratégias de pesquisa, e organização da escrita científica, no qual buscaram informações em sites de universidades, sites governamentais e artigos acadêmicos. Os temas foram discutidos nos encontros quinzenais, que acontecem em horário contrário ao turno de estudo para produção científica e saídas de campo. Em seguida foi realizada uma aula prática no serpentário do Zoológico, com uma ambientação de como o serpentário foi projetado, separando as serpentes peçonhentas das não peçonhentas. Os(as) alunos tiveram acesso à área restrita, aos biólogos, tratadores e tiveram interação com as serpentes.
Para a terceira etapa do projeto, que será representar o DF na Feira de Ciência Nacional, a escola ampliará a pesquisa para os hospitais públicos e lançará um livro de utilidade pública sobre como proceder com acidentes ofídicos. Nele estarão contidas as principais serpentes do cerrado e suas dentições, os tipos de soro, listagem dos hospitais e alguns cuidados a serem tomados para evitar e caso aconteça, como proceder com a vítima até a chegada ao hospital.
Depoimento de alguns estudantes que participaram do projeto:
“Ano passado, quando iniciei o ensino médio, estava entusiasmada com as coisas que teria contato nessa nova fase, mas nunca imaginei que o que começou com um “clube de ciências” tomaria essa proporção. Chega ser assustador pra mim o reconhecimento que estamos conseguindo, dentro e fora da escola. Para mim é uma responsabilidade, mas, acima disso, muito significativo na minha vida. São experiências únicas que estou tendo, a oportunidade de vivenciar no 2º ano, é muito bom ver algo tão importante crescendo assim, e imensamente prazeroso me encontrar nesse projeto em cada reunião, discussões, ideias, apresentações, objetivos e conquistas. Para mim, a medalha que recebi vai ser pra sempre uma lembrança de como nossos esforços valeram a pena, e a camiseta do PIC (Projeto de Iniciação Científica) um simbolismo de todo impacto que teve nesse momento da minha vida”.
Driellen Nathaly de Souza Mendes
“Eu acredito que a experiência do projeto me deixou mais competente, mais seguro e mais preparado. Não só aprendi sobre o tema em si, mas também sobre metodologia, métodos de pesquisa e sobre as habilidades sociais e de comunicação que o projeto requer.
Fiz novos amigos, descobri novos temas, e ainda mais sobre mim mesmo. Ficar em grupo, realizar pesquisa em grupo, interagir com professores e fazer apresentações foram coisas que expandiram meu horizonte e me ajudaram a evoluir como pessoa e como estudante”.
Luis Felipe Batista de Andrade Caboclo
“Estou gostando muito desse projeto, que está me dando oportunidades muito boas, por exemplo: conhecimentos que eu não tinha sobre as serpentes, a importância delas para o meio ambiente, além de ter feito algumas amizades nesse projeto. O PIC também foi convocado para a fase distrital no Circuito de Ciências e com isso a gente recebeu uma medalha da fase anterior. Foi uma oportunidade inesquecível e que venham novas oportunidades incríveis como essa.
Dyelvana Braga de Almeida