Projeto que precariza estatais poderá ser votado na próxima semana

A apreciação do PLS 555/2015 pelo Senado Federal, que seria realizada no último dia 3, foi adiada para a próxima terça-feira (16), podendo se estender para o dia 17. O adiamento é fruto da intensa mobilização da CUT e outras centrais sindicais, além de trabalhadores de diversos setores, que unificam forças contra o projeto que abre o capital das empresas estatais para venda ao setor privado. Um dia antes da possível votação, 15 de fevereiro, segunda-feira, o Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas se reunirá para elaborar novas ações com o intuito de barrar o projeto. O encontro será às 14h, no Senai-DF.
De acordo com dirigente da CUT Nacional, Pedro Armengol, até a data da nova apreciação do PLS 555/2015, as ações contra o projeto devem ser intensificadas. Para ele, o PLS deve ser barrado o quanto antes, pois representa perdas para o trabalhador e para a sociedade. “A proposta é ruim para toda a classe trabalhadora e a expectativa agora é que seja feito um acordo para que o projeto seja retirado do primeiro assunto da pauta do plenário do Senado. O PLS 555/2015 significa retrocesso para o país. Conhecido como Estatuto das Estatais, ele representa uma ameaça a diversas empresas públicas, como a Caixa Econômica, Petrobras, BNDES e Correios, pois pretende diminuir a atuação do governo federal sobre as estatais e abrir o capital para empresas privadas”, explica.
Entre as ações já acordadas para barrar o PLS 555/2015 estão: a intensificação da mobilização nas redes sociais; elaboração de vídeos para esclarecer à sociedade o que é o projeto e quais os prejuízos gerados; intensificação das conversas em repúdio ao PLS com prefeitos, governadores e senadores.