Projeto Consciência Negra do CED 07 de Ceilândia homenageia Carolina Maria de Jesus

Executado há 4 anos, o Projeto Consciência Negra do CED 07 de Ceilândia em 2023 ocorreu nos dias 18 e 20 de novembro para 25 turmas (oitavo e nono anos e classes especiais). O tema deste ano foi “Carolina Maria de Jesus – Uma referência para a literatura brasileira”, que foi “trabalhado durante todo o mês de novembro. Em sala os professores, conselheiros de cada turma foram desenvolvendo temas no decorrer das suas aulas: poesia, literatura, tudo o que estavam ligados com o tema principal, a Carolina”, diz a professora Joana Darc do Carmo Alves Cruz, organizadora do evento.

No sábado (dia 18), o evento começou com a exposição dos trabalhos e encerrou com batalha de rimas e a escola de samba Capela Imperial, de Taguatinga. 

Já na segunda-feira, foram diversas oficinas: tranças e penteados; samba e pagode; jogos de tabuleiro; oficina de artes; mandalas; reflexão/dinâmicas; culinária; bonecas e just dance. Ao final, o desfile “A Beleza da Diversidade” com alunos do Ensino Fundamental e Ensino Especial.

“As transformações que nós observamos nos alunos é deixá-los à vontade para escolher em qual espaço ele quer estar na escola naquele momento, porque na sala de aula o professor explica o conteúdo, mas nós vamos estar revelando novos talentos da escola, onde a gente vê a questão da dança, da pintura, dos desenhos, das reflexões e vamos aproveitar e não ficar só nisso. Vamos fazer destes novos talentos, dar espaço e momentos, como intervalos culturais, para eles terem o momento deles mostrarem para os professores e para os próprios colegas do que são capazes”, afirma Joana.

No dia seguinte ao evento, foi realizada uma avaliação, “perguntando ao aluno o que ele achou do projeto. O resultado foi que acharam maravilhoso, que deveria se repetir, então isso nos motiva cada dia dentro da escola, com os alunos mostrando suas culturas, suas identidades, e nós valorizando cada um daqueles estudantes”,diz a professora.

A importância do projeto para a educadora é enorme. “Existe uma Lei, a número 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio nas escolas públicas e particulares. E o espaço privilegiado de construção e transmissão do saber e da cultura desse resgate é na escola. Nós precisamos estar trabalhando nisso, porque a educação é o principal agente transformador e o papel dela é estimular valores, hábitos, comportamentos que respeitem as diferenças. Dentro das escolas nós temos a diversidade e por isso que não existe espaço melhor para trabalhar essa cultura do que nas escolas”.

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