Projeto Baobá chega a estudantes do CEM 01 de Sobradinho

Estudantes do Centro de Ensino Médio 01 de Sobradinho se somaram ao projeto de plantio de baobás, desenvolvido pelo professor da rede pública de ensino do DF André Bento.

A visita pedagógica realizada neste mês de março teve como objetivo falar sobre a história dos povos negros por meio da árvore originária da África que representa a resistência à escravidão.

O diálogo entre André Bento e os estudantes do CEM 01 foi feito diante dos três baobás mais antigos do DF, localizados em frente à Embrapa, na Asa Norte.

A visita pedagógica foi realizada em parceria com o professor de História Yuri Soares, que enxerga no projeto uma possibilidade “das escolas irem além das paredes físicas, compreendendo a história, a memória, a cultura ambiental e a formação do povo brasileiro”. “Esperamos que mais escolas se somem ao projeto”, diz o professor Yuri.

Projeto semeado
Professor André Bento conta que realiza diversas visitas às escolas públicas para levar o projeto Baobás. Nos encontros, o docente dialoga sobre o processo de escravização e de resistência da população negra, contextualizando com os acontecimentos atuais.

“O projeto teve início em 2019, com o plantio de duas mudas de baobá no meu local de trabalho. Um ano depois, comecei a catalogação, o registro dos baobás de Brasília. Hoje já são mais de 80 baobás catalogados”, conta o professor André.

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Ele afirma que o baobá, uma árvore da África, pode “manter a tradição do povo negro viva”.

Além de representar a resistência, na África, o baobá também está ligado à culinária, à medicina e à religião.