Comissão se reúne com o governo e exige mudanças na Escola de Música de Brasília

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Uma comissão formada por servidores da Escola de Música de Brasília, alunos e diretores do Sinpro se reuniu no início da tarde desta quarta-feira (29) com o Subsecretário de Estado de Movimentos Sociais e Participação Popular, Acilino Ribeiro, no Palácio do Buriti. Em pauta a exigência por melhorias na EMB, que apresenta diversos problemas em sua estrutura, além de muitos equipamentos musicais em péssimo estado e manutenção incipiente. Também foi discutida a ingerência da direção da escola, que através de uma liminar na justiça impediu que os(as) professores fizessem uma assembleia (prevista na Lei da Gestão Democrática), que formularia pedido de exoneração da direção. Através da “circular da censura”, conhecida como “Circular da Censura”, os servidores estão proibidos de divulgar os problemas da escola. E a própria imprensa precisa de autorização da Ascom (Assessoria de Comunicação) do GDF para poder adentrar na escola, que é pública.

Durante a reunião ficou definido que o subsecretário Acilino Ribeiro se reunirá com o secretário de Relações Institucionais, Marcos Dantas, e com o secretário de Educação, Júlio Gregório, para debater os problemas elencados por alunos e professores para que seja tomada uma decisão. Os professores também enviarão um documento para a Secretaria de Relações Institucionais relatando tudo que está acontecendo na Escola de Música, o que querem e possíveis providências para os problemas.

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“A comunidade escolar foi impedida de manifestar as insatisfações e os problemas ocorridos na Escola de Música de Brasília mediante uma liminar impetrada pelo Diretor da escola. Isto fere os direitos previstos na Lei de Gestão Democrática, e o Sinpro repudia totalmente qualquer tipo de manobra que possa impedir a democracia na escola”, relata o diretor do Sinpro, Polyelton de Oliveira.

Luta por melhorias

Dib Franciss é professor de piano há quase 20 anos e comenta o sentimento de toda a comunidade escolar. “Agradeço ao Sinpro por estar do nosso lado nessa guerra. Nós precisamos de muita, mas muita coisa na escola. Principalmente de uma reforma, mas sem que a gente saia de lá, pois já ouvimos relatos que se tiver reforma, a gente não volta para o local. A Escola de Música existe há quase 50 anos, temos uma história de glórias colhidas, com alunos espalhados por orquestras do país e exterior. Precisamos de atenção e ações afirmativas. O Governo do DF não faz porque não quer, dinheiro pode-se conseguir. Enquanto isso, a escola não tem mais concertos, está muda, amordaçada”, lamenta.

 
Créditos da foto: ECOM  e Deva Garcia
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