Professores do DF são alvo de golpe telefônico
Os professores da rede pública do Distrito Federal estão sendo alvo do famoso golpe do telefone. Desde de novembro do ano passado, o Sinpro − sindicato que representa a categoria − tem recebido diversas denúncias de que golpistas estão se passando por advogados da entidade para extorquir dinheiro das vítimas. Apesar de o golpe atingir todos os segmentos da categoria, os principais alvos são os aposentados.
O golpe funciona da seguinte forma. A vítima recebe uma ligação de alguém se passando por funcionário do Sinpro e solicitando que ela entre em contato com o jurídico da entidade para tratar de assuntos referente aos processos em andamento.
No entanto, quando a vítima faz a ligação, a chamada é desviada para outro integrante da quadrilha, que se passa por advogado do Sinpro. Na conversa, o individuo informa que o professor tem uma determinada quantia para receber, mas que, para isso, é necessário que faça um depósito de determinado valor em uma conta.
“Eles dizem que esse valor é para arcar com parte das despesas do processo, mas que será devolvido assim que o professor receber o valor total”, explica a diretora do Sinpro Monica Caldeira.
Segundo o Sinpro, a quadrilha é astuciosa e bastante convincente. Além de todos os dados da vítima e do processo, as chamadas recebidas exibem o número do Sinpro. Porém, após denúncias, a Polícia Civil informou que todos os números e contas averiguadas são de outro estado.
Orientação do Sinpro
Diante dos ocorridos, a entidade alerta que, em hipótese alguma, solicita a realização de depósitos para processos que ela mesma administra. A orientação do Sinpro é que, em casos de suspeitas, antes de passar qualquer dado pessoal, o professor entre em contato com a entidade. Além disso, é preciso fazer uma ocorrência na delegacia mais próxima, informando os dados da quadrilha, como conta bancária e número de telefone. Por fim, para facilitar o trabalho da Polícia, é importante anexar a denúncia ao boletim de ocorrência já feito pelo sindicato.
Outra maneira de se precaver contra falsos advogados é pedir o número de registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Com essa informação em mãos, é possível consultar a situação do profissional no Cadastro Nacional de Advogados (CNA).
“Em nenhuma situação, o Sinpro pede dinheiro para o professor. É importante que todos fiquem atentos e divulguem essa informação para que mais ninguém seja vítima dessa quadrilha. É fundamental que aqueles conheçam algum professor, que faça uma alerta”, finaliza Mônica.
Fonte: CUT Brasília