Professores de escolas particulares vão ao TRT pedir respeito à categoria

Ao invés de aproveitar o feriado comemorativo do Dia do Professor da última quarta feira (15) para descansar de sua árdua e exaustiva rotina de trabalho, os professores de estabelecimentos privados de ensino  participaram de ato pacífico em frente ao Tribunal Regional de Trabalho (TRT). Além das costumeiras faixas de protesto, os profissionais levaram um quadro negro para a porta do tribunal onde se lia: “Cidadania, Respeito e Dignidade para o professor”,síntese clara de suas revindicações.
“Somos os professores que ensinam os filhos dos juízes, os filhos dos advogados, os filhos dos engenheiros. Não é assim que se trata a categoria que ensina a sociedade”, afirma Trajano Jardim, diretor de Comunicação do Sinproep, o sindicato que representa a categoria.
Atualmente, professores de aproximadamente 100 escolas privadas do DF, especialmente do ensino infantil, recebem salários que, bruto, somam R$ 740. Há mais de dois anos não recebem aumento salarial, enquanto as mensalidades das escolas particulares são reajustadas com frequência, como explica  Rodrigo de Paula, diretor Jurídico do sindicato: “As escolas particulares brasileiras nunca faturaram tanto, e os professores nunca ganharam tão pouco”. A previsão, segundo levantamento preliminar feito por notificações enviadas pelo Correio, para o próximo ano é de um aumento de 17,5% nas mensalidades das principais redes de ensino particular do DF. Em Brasília há 482 escolas particulares.
Julgamento do dissídio coletivo
Em maio de 2013 foi apresentado ao TRT o Dissídio Coletivo da categoria, ação que tem por finalidade solucionar questões trabalhistas que não puderam ser resolvidas pela negociação direta entre trabalhador e patronato. A pauta reivindicatória era de aumento de R$ 360 no piso da categoria,  o que levaria o salário a atingir o valor de R$ 1.100. Além disso, os professores esperam que seus salários sejam reajustados de forma proporcional ao aumento da mensalidade, porém o tribunal ainda não julgou a ação.
“Estamos aqui nessa data simbólica para pedir aos juízes do TRT um presente pelo nosso dia: queremos a data do julgamento do nosso dissídio coletivo”, afirmou o diretor jurídico do sindicato. “Estamos há mais de um ano esperando por isso, e  pedimos para que o presidente desembargador do tribunal receba uma pequena comissão de professores para entregar um documento que sintetiza o sentimento de mais de 16.000 profissionais da área”, completou o diretor.
Durante o ato, o advogado do sindicato entrou em contato com a assessoria do presidente do tribunal, que recebeu a comissão de professores e marcou a data provável do julgamento para o próximo dia 26.
Baile do Professor no dia 24
O Dia do Professor será comemorado com tradicional baile no próximo dia 24 de outubro, sexta-feira, às 21 horas, no Net Live Brasília (antigo Ópera Hall). O Sinproep contratou este ano para animar a festa os sertanejos Bonni e Belluco, a dupla brasiliense Pedro Paulo e Mateus e a Banda Squema 6.
Fonte: Secretaria de Comunicação CUT Brasília