Professoras da SEE-DF participam de escola do acelerador de partículas brasileiro, o Sirius

Duas professoras da rede distrital participaram, esta semana, da Escola Sirius para Professores do Ensino Médio (ESPEM). O evento, que ocorre em Campinas (SP), é realizado pelo Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social supervisionada pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com a Sociedade Brasileira de Física (SBF). A ESPEM é voltada para professores de Física, Química e Biologia que atuam no Ensino Médio das redes pública ou privada de ensino – em 2024, também professores da América Latina e Caribe participaram do evento.

Eloisa Baldo (à esquerda na foto), que até ano passado foi professora temporária de química do Cemab, e Alessandra Martino (à direita na foto), professora de biologia do CED 104 do Recanto das Emas, participam de uma semana inteira de imersão científica, com aulas teóricas e práticas, ministradas pelos profissionais do CNPEM, e palestras de convidados das áreas de educação e ciências.

O principal objetivo da escola é estimular os professores a levarem ideias da ciência moderna para as salas de aula onde atuam. Há visitas às unidades do CNPEM, incluindo o Sirius. Os professores são apresentados às pesquisas e desenvolvimentos nas áreas de Luz Síncrotron, Biociências, Nanotecnologia, Biorrenováveis e Engenharias, bem como ao curso superior em Ciência, Tecnologia e Inovação da Ilum Escola de Ciência.

A ESPEM é um espaço para discussões entre os professores e potencializa a troca de experiências entre colegas de todo Brasil e demais países da América Latina.

 

Acelerador de partículas brasileiro

Inaugurado em 2018, o acelerador de partículas de 68 mil metros quadrados é a maior e mais complexa infraestrutura de pesquisa já construída no Brasil, que promete viabilizar estudos nacionais de qualidade sem precedentes no mundo.

Essa imensa máquina consegue revelar detalhes das estruturas dos átomos. O Sirius acelera elétrons próximo à velocidade da luz, numa via na qual todos caminham numa mesma direção sem um trombar no outro.

Para realizar curvas, são usados poderosos ímãs, chamados dipolos. Toda vez que entra em ação a força do dipolo, os elétrons se convertem em luz. A luz resultante desse processo é a luz síncrotron, de altíssimo brilho e que passa pela luz visível, ultravioleta, infravermelho e, especialmente, raios-x. Estes são a grande ferramenta para se investigar os átomos, a principal partícula buscada pelos pesquisadores.

A ESPEM recebeu mais de 300 inscrições de professores, e foram selecionados 60, que apresentaram informações sobre suas respectivas formações acadêmicas, participação de congressos, publicação de trabalhos etc.

“Depois desse curso, vamos divulgar a existência do Sirius pro resto do país, e ter outra visão sobre as práticas pedagógicas também”, comemora Eloisa que, junto com Alessandra, tornam-se embaixadoras da ESPEM no DF.

“Considero importante a divulgação científica tanto para nossos alunos, quanto para nossos colegas. O Espem nos possibilita novos conhecimentos, experiências e trocas com colegas de outros estados, e isso nos motiva à promoção de estratégias pedagógicas que façam sentido à vivência do estudante.”, conta Alessandra.

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