Professora desenvolve projeto teatral no CEMI do Cruzeiro

A professora Letícia Cunha desenvolveu durante todo o semestre o Projeto Caminhos com alunos do CEMI do Cruzeiro que culminou com a apresentação da cena teatral “E Se Fosse Real?” no dia 12 de junho, no auditório da escola.

“A plateia era composta pelo quadro de professores da instituição de ensino, assim como da direção, supervisão, coordenação pedagógica, orientação pedagógica, sala de recursos e de apoio. Então todo o quadro de professores da instituição de ensino e gestores estavam ali presentes, além também dos convidados desses estudantes, os familiares, pai, mãe, tio, tia, primos, primas e irmãos, amigos também da própria instituição, foram prestigiar o trabalho desses estudantes que foi sendo desenvolvido ao longo do primeiro semestre. E também foi uma grandiosa honra para todos nós, tanto para os estudantes quanto para mim”, diz Letícia.

A aplicação do projeto se deu durante as oficinas de teatro ministradas pela professora (contratada temporariamente pela SEEDF), desenvolvido e criado por ela mesma,

com apoio do Projeto Teatro Rodas Colaborativo, com a participação de seis alunos (as).

O Projeto Caminhos nasceu com a pesquisa de dissertação da professora, na qual ela busca fortalecer o protagonismo dos jovens com o teatro e a mediação artística como forma de dar aos estudantes oportunidades para refletirem, dialogarem e produzirem arte, vivenciando uma experiência artístico-educativa.

Desta forma, ele potencializa a autonomia crítica, reflexiva e criativa dos (as) estudantes. Letícia Cunha crê que a mediação artística pode “provocar a sensibilidade, reflexão, articulação de ideias, criação artística, propiciando aos estudantes a participação em debates e reflexões sobre diferentes perspectivas”.

O Projeto

Neste primeiro semestre participaram seis alunos (as), cinco para a apresentação da cena teatral e um vinculado ao projeto de mídias sociais: Akira Costa, Hanna Geovana, Maria Laura, Sarah da Mata, Vitória Santana e Murylo Vinícius, com a direção da própria professora e a dramaturgia feita por todos (as).

Começou com os (as) estudantes da turma de teatro vivenciando jogos teatrais, de imaginação, improviso e também debatendo a obra “Café Müller” de Pina Bausch, proporcionando momentos de reflexão em diferentes contextos.

A partir daí, começou a construção de uma obra de releitura, partindo de três, a já citada “Café Müller” (indicada pela professora), “Alice no País das Maravilhas” e “Alice Através do Espelho”, indicadas pelos estudantes da turma como inspiração para a Cena Teatral “E se fosse real?” que seria produzida.

Ao mesmo tempo, os (as) alunos e a professora construíam cada personagem através das três obras. Para a criação da história e contextos desenvolvidos pelos (as) estudantes, a professora perguntou sobre o que eles gostariam de mudar na sociedade. A partir daí, foram levantados assuntos como hipocrisia, o preconceito, a fome no mundo, a padronização dos corpos femininos, dentre outros temas. Com isso, a construção artística de “E Se Fosse Real” prosseguiu mergulhada nesses assuntos e foi apresentada no dia 12 de junho no auditório da escola.

“Muitos dos estudantes estavam com as emoções à flor da pele, né? Com essa expectativa da apresentação, a grande maioria ali nunca tinha apresentado nenhum espetáculo cênico. Então pra eles era novidade e aí eles queriam desfrutar de toda essa sensação, essa emoção. Um dos estudantes comentou que estava em dúvida sobre qual curso realizar na graduação entre design, moda e artes cênicas. E aí no dia da apresentação, assim que acabou, ele virou para mim e falou, que era artes cênicas o curso que ele queria fazer para a vida dele. Então, é muito emocionante saber que a oficina, que as aulas de teatro, puderam proporcionar essa perspectiva para esses estudantes e impactar nessa tomada de decisão para o futuro profissional deles. Então, foi muito empolgante”, afirma a professora.

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