Professora Léa Maria, presente!

É com enorme pesar que o Sinpro-DF informa o falecimento da professora aposentada Léa Maria de Oliveira Guerra. Com 69 anos, Léa foi mais uma vítima da covid-19. Sua partida deixa uma dor imensurável no coração dos amigos e familiares. Mas deixa também a lição da coragem e da doação de ser educadora.

Mãe de dois filhos, professora Léa Maria trabalhou nas escolas da 102, 106 e 304 da Asa Norte. Ela se aposentou em 1995, mas não deixou de frequentar o ambiente escolar e contribuir com as atividades, sempre com uma história para contar.

Ao partir, professora Léa foi homenageada por colegas de trabalho. “Mais um amor que partiu!”, diz trecho do texto intitulado “Carta de Amor à Léa”.

Toda solidariedade aos familiares e amigos da professora Léa Maria de Oliveira Guerra. Seus ensinamentos, sua história e seu companheirismo a manterão eternamente presente.

 

Carta de Amor à Léa
Fez-se um enorme silêncio, nesta tarde de domingo, 11 de julho.
Sentimos um nó na garganta, uma dor no peito e a lágrima escorreu. Foi o sentimento de cada uma de nós ao receber a notícia da morte da colega Léa, vítima de COVID. Partiu, sem tempo de despedir da gente ou da família.

Léa Maria de Oliveira Guerra, era assim que uma colega a chamava quando a encontrava nos Bailes dos aposentados. E ela discreta, elegante e gentil perguntava: precisa todo mundo saber meu nome?

Trabalhamos juntas na EC 304 Norte, mas Léa logo se aposentou, contudo não nos deixou! Manteve-se unida a nós, colaborando.

Passou a frequentar a Escola, assiduamente, nos intervalos, trazendo novidades, pois tinha o espírito jovem. Era comunicativa, cheia de vida e luz. Sempre tinha uma história para contar.

Tirava da gente o peso da responsabilidade do trabalho escolar e nos dizia:
“Parem um pouco! Vocês não são máquinas! Podemos conversar, tomar cafezinho e rir um pouco.”

Admirável, querida, tranquila, dinâmica, bondosa.

Também contribuía nas festas escolares porque participava ativamente.

Quem é educadora não esquece a sua missão.

Ajudava a escola pública comprando suas fichas para as barracas e os bazares. Os produtos que adquiria doava para pessoas carentes de sua cidade natal. Exemplo de generosidade.

Era uma mulher corajosa que sabia prender a atenção de todos quando contava algo. Expressava-se muito bem, com clareza e tinha uma tonalidade de voz que encantava quem a escutava!

Leá conduziu a vida com maestria, grande companheira de trabalho, de encontros e, para algumas, de viagens também.

Essa é a lembrança que temos dela. Quebrava as tensões da rotina escolar nos trazendo leveza, serenidade e alegria.

Mais um amor que partiu! Que esteja junto aos anjos do céu, num lugar lindo, cantando hinos de louvor.