Presidente da CNTE participa de audiência sobre as reformas previdenciária e trabalhista no Senado

Discursos contra as reformas propostas pelo governo de Michel Temer foram ouvidos na manhã desta segunda-feira (29), na audiência pública “As reformas Previdenciária e Trabalhista”, presidida pelo senador Paulo Paim no Senado Federal. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, endossou a temática contrária às propostas do atual governo.
Ele, assim como os demais presentes e integrantes de diversas instituições, foi um dos colaboradores do livro “O dragão debaixo da cama: impacto das reformas previdenciária e trabalhista na vida dos brasileiros”, com lançamento na mesma audiência. Heleno começou sua fala com pedido de “Fora Temer, junto com todos os golpistas, Diretas Já e não às medidas que retiram direitos dos trabalhadores”.
Desde o dia 15 de março, a CNTE realiza mobilizações em todo o país contra as propostas de Temer. “Nesse caminho, a nossa entidade já deliberou ter dois dias de greve geral na primeira semana de junho para mostrar a nossa indignação e, agora, com dados novos, com gravações que mostram que temos um criminoso à frente do poder central do nosso país, apoiado por diversos criminosos que estão no Congresso Nacional. Então, precisamos enfrentar isso com firmeza”, ressaltou Heleno.
Além disso, o presidente da CNTE adiantou que só as mobilizações não darão conta de derrubar o governo, promover eleições gerais e obter um desenvolvimento para a nação que faça com que as pessoas vivam com dignidade. “Estamos lançando a proposta de realizarmos uma marcha pela democracia, que garanta um país soberano, em defesa dos direitos sociais e que percorra as grandes BRs que nós temos nesse país. A 101, que começa no Rio Grande do Norte e vai até o Rio Grande do Sul, é um percurso bom para mostrar a nossa indignação, conversar com a população e construir o que a Frente Brasil Popular está lançando, que é o Plano Popular Emergencial, que são propostas importantes para a classe trabalhadora. E outra na BR 153, passando por Brasília, terminando também no Rio Grande do Sul”, acrescentou.
Ao final de sua explanação, Heleno Araújo enfatiza que acordos específicos ou coisas pontuais não resolverão o problema do país. “Devemos estar unidos para barrar o processo, barrar todo esse golpe sobre a gente. Queremos lançar uma proposta de reflexão. Não basta apenas barrar o golpe, temos que recompor os direitos, precisamos de políticas e realizar essa marcha da democracia por um país soberano e em defesa dos direitos sociais”, concluiu.
Estiveram presentes na audiência da Comissão Permanente de Direitos Humanos e Legislação Participativa integrantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio (CNTC), da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), da Central Pública do Servidor, da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS), do Conselho Federal de Economia (Confecon), da Intersindical, da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), da Auditoria Cidadã da Dívida Pública, da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), entre outras instituições.