Por reposição de perdas de dois anos, rodoviários da TCB deflagram greve
Cobradores e motoristas da TCB iniciaram greve por tempo indeterminado na manhã desta segunda-feira (4). O objetivo é pressionar a empresa para que atenda as reivindicações da campanha salarial da categoria. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 30%, sendo que 21% são referentes às perdas salariais dos últimos dois anos. Os rodoviários também pedem o mesmo valor para o tíquete alimentação, além de outras cláusula econômicas.
De acordo com os dirigentes do Sittrater-DF, sindicato que representa a categoria, esses trabalhadores estão há quase dois anos sem receber reajuste salarial, prejudicando os 180 pais e mães de família que trabalham na empresa.
“Iniciamos o movimento paredista com adesão total. Continuaremos mobilizados até que haja um posicionamento por parte do governo e das empresas. Entendemos que os trabalhadores não têm culpa da crise econômica atual, por isso, não podem ser prejudicados desta forma, com salários congelados há dois anos”, afirmou Saul Araújo, dirigente Sittrater.
De acordo com Saul Araújo foram três rodadas de negociação, porém, a TCB não apresentou nenhuma proposta econômica. A empresa alega não poder atender o reajuste pleiteado pela categoria por causa dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, que veta ao governo conceder aumentos quando o limite prudencial de 46,55% é atingido. A TBC oferece apenas a garantia de reabertura de negociações de aumentos salariais com o GDF assim que o governo saia do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, para o qual não há previsão.
Os dirigentes do Sittrater pedem unidade da categoria. “Pedimos aos trabalhadores que sejam pacientes e principalmente que se unam neste momento difícil. É um absurdo ficarmos dois anos sem reajuste. Esperamos conseguir avanços com a greve; não permitiremos que os rodoviários sejam prejudicados novamente”, concluiu Saul Araújo.
A TCB é uma empresa pública mista, administrada pelo governo do Distrito Federal, que opera com 34 ônibus em 12 linhas e atende 18 mil passageiros diariamente. As linhas afetadas com a paralisação incluem trajetos convencionais, como a Esplanada dos Ministérios, linhas rurais, em Planaltina e no Paranoá, e a linha executiva do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek.