PM de Rollemberg leva 4 professores para a delegacia

Em pleno Dia do Servidor Público, a luta dos(as) professores(as) por direitos adquiridos e pelo cumprimento das leis virou caso de polícia.
A truculência aconteceu em mais um ato de protesto, nesta quarta-feira (28), contra a intransigência do governo Rolemberg em não negociar com a categoria em greve e não apresentar uma solução para o pagamento de reajuste ao Magistério Público do DF.
Professores(as) bloquearam as saídas de Brasília nos Eixões Norte e Sul da cidade numa tentativa de denunciar à sociedade o descaso do governador Rollemberg com a Educação e fazer com que ele apresente uma proposta respeitosa para ser apreciada pela categoria em assembleia geral.
A Polícia Militar, que tem como comandante em chefe o governador Rollemberg, agiu com muita “eficiência”. O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) chegou à saída sul, na altura da quadra 116, atirando bombas de gás, spray de pimenta e disparando balas de borracha em todas as direções para acabar com o protesto.
Vários(as) professores(as) tiveram que procurar auxílio médico.
Além do pânico provocado pela ação policial, seis manifestantes foram presos e encaminhados à 1ª Delegacia de Polícia, entre eles os diretores do Sinpro-DF Meg Barbosa Guimarães e Gabriel Magno, e outros dois professores.
Foram também detidos dois representantes da categoria dos rodoviários que davam apoio ao protesto.
A diretoria colegiada do Sinpro-DF condena com veemência o que considera um massacre contra servidores que, legitimamente, lutam por seus direitos. Uma ação truculenta e irresponsável por parte do Estado – que deveria assistir e proteger os cidadãos.
Em solidariedade aos professores, a CUT Brasília e Sindicato dos Rodoviários fecharam acessos à Rodoviária do Plano Piloto. O presidente da Central, Rodrigo Britto, disse que “este é o presente que Rollemberg dá para os profissionais da Educação”.
Dezenas de professores(as) se aglomeraram em frente à 1ªDP enquanto aguardavam a chegada dos advogados do Sinpro-DF. Também compareceram os deputados Veras e Ricardo Vale, além do secretário da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa, Hamilton Pereira.
Após mais de duas horas detidos, os manifestantes foram enfim liberados por volta das 21h. A diretora Meg teve que ser encaminhada ao Instituto Médico Legal – IML para fazer exame de corpo de delito, vez que ficou ferida durante a desastrada ação da polícia.