PL da Mordaça é debatido no plenário da CLDF
Nesta quinta-feira (25) a Comissão Geral debateu “a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber”, no plenário da Câmara Legislativa.
Estiveram presentes representantes do Sinpro e da categoria, além de movimentos estudantis (como a UNE e a Ubes) e também alguns apoiadores do PL da Mordaça, projeto de lei n°1/2015, que censura a liberdade de ensinar e de aprender, dentro da sala de aula.
Este foi o segundo debate sobre o tema na Casa. Na primeira ocasião, os professores e diretores do Sindicato foram covardemente expulsos da CLDF, após ordem da deputada autora do projeto. Desta vez, o Sinpro percebeu como a campanha de sensibilização está dando certo. Doze deputados distritais se manifestaram contra este projeto. Representantes da sociedade civil também discursaram, endossando que o PL da Mordaça agride a categoria e censura o ofício do(a) professor.
#educacaolivre
A campanha do dia 24 de junho foi um sucesso, com adesões em praticamente 100% das escolas do DF. A reação dos defensores da mordaça não poderia ser diferente: continuam com a intimidação contra o Sindicato e a categoria. Na internet, eles rotularam este dia de luta da categoria como “dia do flagra”, que segundo eles, foi o dia em que os(as) professores(as) confirmaram que são abusadores dos estudantes, citando os nomes de algumas das escolas que participaram do ato e deferindo ataques ao Sinpro.
O deputado Professor Israel (PV), em entrevista para a ECOM, afirmou ser contra este PL. “Esse projeto fere a liberdade de comunicação do professor com seus estudantes, não compreende a característica principal do ser humano, que é um ente político e por isso esse projeto precisa ser refutado pela Câmara Legislativa”. Já o deputado Chico Vigilante (PT), teceu duras críticas ao texto. “O projeto é inconstitucional, inconsistente e mal-intencionado” .
A campanha continua, até que este PL seja arquivado, pois no chão da escola, mordaça não pisa.
Fotos: Deva Garcia / Sinpro