Petroleiros fazem greve contra alta nos preços dos combustíveis e gás de cozinha


A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos filiados realizarão uma greve nacional de advertência de 72 horas a partir do primeiro minuto de quarta-feira, 30 de maio. A categoria tem como pauta a redução do preço do gás de cozinha e dos combustíveis, além de lutarem contra a privatização da Petrobras e pela saída imediata do presidente da estatal, Pedro Parente.
A greve de advertência é mais uma etapa das mobilizações que os petroleiros vêm fazendo na construção de uma greve por tempo indeterminado, que foi aprovada nacionalmente pela categoria. Nesta segunda-feira (28), a FUP e seus sindicatos realizarão um Dia Nacional de Luta, com atos públicos e mobilizações em todo o Sistema Petrobrás, para denunciar os interesses que estão por trás da política de preços de combustíveis, feita sob encomenda para atender ao mercado e às importadoras de derivados.
“A atual política de reajuste dos derivados de petróleo, que fez os preços dos combustíveis dispararem, é reflexo direto do maior desmonte da história da Petrobrás. Os culpados pelo caos são Pedro Parente e Michel Temer, que, intensificam a crise ao convocar as força armadas para ocupar as refinarias. A FUP repudia enfaticamente mais esse grave ataque ao Estado Democrático de Direito e exige a retirada imediata das tropas militares que estão nas instalações da Petrobrás”, afirma nota da Federação.
Ainda segundo a FUP, o número de importadoras de derivados quadruplicou desde o golpe jurídico-parlamentar, quando Pedro Parente dotou preços internacionais, onerando o consumidor brasileiro para garantir o lucro do mercado. “Em 2017, o Brasil foi inundado com mais de 200 milhões de barris de combustíveis importados, enquanto as refinarias, por deliberação do governo Temer, estão operando com menos de 70% de sua capacidade. O povo brasileiro não pagará a conta desse desmonte”, afirma a Federação Única dos Petroleiros.
Ainda estão na pauta dos trabalhadores da Petrobras a manutenção dos empregos, a retomada da produção das refinarias e o fim das importações de derivados de petróleo.
Fonte: CUT Brasília, com FUP