Para o Sinpro, aumento na margem do crédito consignado é uma armadilha para a categoria

A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou o projeto de lei complementar nº 128/2022, que aumenta a margem de empréstimo consignado dos(as) servidores(as) públicos(as) do DF para 40%. O Sinpro recebe esta notícia com bastante cautela e preocupação, uma vez que os(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais se encontram em superendividamento e com os salários congelados há sete anos.

Devido à defasagem nos salários e aos juros exorbitantes cobrados pelo Banco de Brasília (BRB) nos empréstimos adquiridos pela categoria, aumentar a margem consignada é, na verdade, uma medida bastante perigosa. O Sinpro analisa que as medidas mais corretas são a valorização das carreiras do serviço público, sobretudo o magistério; lutar por uma melhor política de juros, não essa que escraviza as pessoas ao banco devido aos juros do crédito consignado; e a derrubada do veto que trava o orçamento para a valorização dos(as) servidores(as).

Antes de pegar um empréstimo, o(a) professor(a) ou orientador(a) educacional deve ter em mente que ele terá um dinheiro a mais no momento, mas terá seu salário comprometido nos próximos meses, ou seja, o orçamento familiar pode ficar comprometido no futuro próximo.

A medida ainda aguarda sanção do governador Ibaneis Rocha.

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