19 de agosto | Dia do Orgulho Lésbico
O Dia do Orgulho Lésbico é celebrado dia 19 de agosto em referência a um ato de resistência empreendido por mulheres lésbicas em 1983, quando integrantes do Grupo Ação Lésbica Feminista (GALF), militantes LGBT e feministas invadiram um bar chamado “Ferro’s Bar” para reivindicar sua liberdade de expressão.
A ação aconteceu porque, na noite de 23 de julho daquele ano, as mulheres do GALF foram expulsas, proibidas de comercializarem seu boletim “ChanacomChana” e de voltarem ao tradicional estabelecimento, que era ponto de encontro das lésbicas da cidade e de todo o país.
Hoje, 41 anos depois, as mulheres lésbicas ainda têm cerceados seus direitos à liberdade de expressão, de livre circulação e de uma vida sem violência. Por isso, a luta continua, e o Sinpro faz parte dessa luta!
Estudo mostra que violência cresce
De acordo com a pesquisa “Violência contra mulheres lésbicas: perfil dos registros de atendimento no Sistema Nacional de Agravos de Notificação – Sinan (2015-2022)”, entre 2015 e 2022, houve aumento de 50% nos casos de violência contra lésbicas, no Brasil.
O levantamento foi feito pelas pesquisadoras Camila Rocha Firmino, Kamilla Dantas Matias e Suane Felippe Soares, com apoio da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). O grupo analisou dados de violências contra lésbicas, tanto cometidas por terceiros quanto autoprovocadas, que foram comunicadas aos serviços de saúde no período.
Publicado em março deste ano, o estudo apontou o crescimento nos registros de violências sexuais contra mulheres lésbicas, o alto índice de tentativas de suicídio entre lésbicas jovens e o maior volume de violências sofridas em locais públicos, como ruas e bares, em relação a violências sofridas por mulheres heterossexuais.
Papel da educação
Na escola, podem ser construídos valores de solidariedade, de respeito ao próximo e de tolerância com as diferenças. No convívio com a diversidade, a opressão e a exclusão são desnaturalizadas e mais, são combatidas.
Por isso, o Sinpro-DF sempre defendeu que a educação é um instrumento poderoso de construir igualdade e uma sociedade mais humana. “A escola deve ser transformadora e acolhedora a toda forma de diversidade de gênero. Para isso, a primeira ação tem que ser a compreensão de que não existe inclusão sem discutir os direitos das mulheres lésbicas”, afirma a diretora da Secretaria de Raça e Diversidade do Sinpro, Ana Cristina Machado. “A segunda ação é a consciência de que precisamos lutar, não dá para ser neutro na escola, é preciso ter um posicionamento a favor da vida, da liberdade, com base nos direitos humanos. Para além de termos o respaldo através das legislações e do Currículo em Movimento, precisamos avançar e superar os documentos oficiais, o governo, ou outras instâncias para mudar a realidade das escolas. É preciso tensionar e agir, para mudar a realidade”, conclui Ana Cristina.
Uma vida sem violência é um direito de todas as mulheres! Seguiremos em luta para que as mulheres lésbicas exerçam seu direito de ser, na vida e no trabalho!
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