Oferta de vacina para 100% dos trabalhadores em educação não significa categoria completamente imunizada
Com o término da campanha de vacinação contra a covid-19 para trabalhadores em educação do DF, nesse domingo (11), a Secretaria de Educação afirmou à imprensa comercial que 100% dos profissionais foram imunizados. O Sinpro-DF alerta que uma série de professoras/es e orientadoras/es educacionais, por exemplo, por motivos diversos, seguem sem tomar a vacina contra o vírus, e isso implica no retorno presencial às aulas.
“Há trabalhadores que tiveram impedimento e não puderam tomar a vacina contra a covid-19. Há os que estiveram doentes, os que tomaram apenas uma dose de vacinas que precisam de duas doses para atingir seu percentual de imunização; há também os que relatam que não tiveram o nome incluído na lista. Portanto, para o retorno presencial às salas de aula, mesmo no critério da vacinação, há situações a serem tratadas”, afirma a diretora do Sinpro-DF Rosilene Corrêa.
Segundo dados da Secretaria de Educação do DF, só na última semana, mais de 5.400 trabalhadores em educação não se vacinaram. A expectativa era de imunizar 16 mil desses trabalhadores, de 7 a 10 de julho. Entretanto, no período, só foram vacinados 10.513 deles.
Além da vacinação de 100% dos trabalhadores em educação, o Sinpro-DF vem atuando para garantir outras medidas indispensáveis para dar segurança ao retorno presencial às salas de aula. Já foi encaminhado à Secretaria de Educação documento com mais de 50 pontos-base que precisam ser debatidos para formular um plano de retorno presencial sólido, com segurança sanitária, pedagógica e psicológica para toda comunidade escolar. Agora, o Sindicato também realiza uma série de reuniões com gestores das escolas públicas para identificar fragilidades e pensar coletivamente as soluções aos problemas que se apresentam.
“O vírus está circulando entre nós. Pessoas morrem todos os dias. Não podemos negligenciar a realidade e nos precipitar. O Sinpro sempre foi taxativo em dizer que a organização para o retorno presencial com segurança começa pela vacinação de todas e todos, mas que inclui também outras medidas indispensáveis”, ressalta a diretora do Sinpro-DF Rosilene Corrêa.
O processo de negociação entre o Sinpro-DF e o GDF para o retorno presencial às aulas está em curso. O pleito do Sindicato é para que as medidas de segurança apontadas pela própria categoria sejam adotadas. No dia 30 de julho, às 9h30, professoras/es e orientadoras/es educacionais se reunirão em assembleia geral para avaliar o andamento das negociações e as respostas do GDF às demandas da categoria.
Antecipação da D2
A imprensa comercial anunciou nesse domingo (11) que a Secretaria de Saúde do Distrito Federal vai reduzir o intervalo de aplicação entre as duas doses de vacinas contra a covid-19. A ideia seria passar de 90 dias para 60 dias a aplicação entre a D1 e a D2 dos imunizantes da AstraZeneca e da Pfizer. Com a mudança, há possibilidade de trabalhadores em Educação que receberam apenas a primeira dose do imunizante receberem a D2 ainda neste mês.
Em nota publicada nesta segunda-feira (12), a Secretaria de Saúde do DF disse que a antecipação “será detalhada e especificada, ainda hoje (12), pelo Comitê de Vacinação, que inclusive irá estabelecer quais grupos prioritários serão incluídos nessa antecipação do prazo de 90 dias para 60 dias na aplicação da segundo dose”.
O Sinpro-DF já cobrou da Secretaria de Saúde parecer sobre a redução do intervalo entre a D1 e a D2 das vacinas que exigem duas doses para atingir seu percentual de imunização. O objetivo é tranquilizar a categoria quanto à segurança da mudança.
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