Deputados da oposição na CLDF entram em obstrução em defesa do direito de greve do magistério

Parlamentares de oposição ao governo Ibaneis na CLDF anunciaram nesta terça-feira (23) que entram em obstrução da pauta até que o GDF retire suas tentativas de judicializar a greve de professores(as) e orientadores(as) educacionais, e a ameaça de corte de ponto. A bancada de oposição é formada pelo PT e pelo bloco PSOL-PSB, contando com os deputados distritais Chico Vigilante, Gabriel Magno, Ricardo Vale, Fábio Felix, Max Maciel e a deputada Dayse Amarílio.

A obstrução é uma prática parlamentar na qual os mandatários se recusam a votar pautas de interesse do poder executivo. Eles, assim, prejudicam o quórum das votações e paralisam os trabalhos.

“Greve é um direito constitucional, e a categoria está em greve por uma pauta legítima, que é a valorização da escola pública no DF”, disse o deputado Gabriel Magno (PT), ao anunciar, em nome da liderança da minoria, a obstrução. “Em 14 anos de SEEDF, eu nunca vi um governador pedir na Justiça pra bloquear os recursos do sindicato”, afirmou.

“Se tem uma categoria que faz greve e depois repõe horários, são os professores e professoras”, disse o deputado Fábio Félix (PSOL). “O que o GDF está fazendo com o Sinpro-DF e com a greve da categoria é cruel”. Félix disse que os parlamentares aguardam um gesto do governo distrital para que a casa possa retomar as votações.

Segundo o portal Metrópoles, o o presidente da CLDF, Wellington Luiz (MDB), disse em plenário que espera que “prevaleça o diálogo e respeito ao legítimo movimento de greve dos professores”.

A truculência do GDF não intimida a categoria, que segue em greve e tem assembleia geral marcada para esta quinta-feira, 25 de maio, às 9h30, no estacionamento da Funarte. Todas e todos à assembleia!

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