Obras inacabadas são heranças de Bolsonaro; educação é a maior prejudicada

Tribunal de Contas da União apontou em relatório que o governo Bolsonaro deixou 8.674 obras inacabadas. Segundo o TCU, o setor mais prejudicado é a educação: 3.993 obras paralisadas em todo o Brasil.

O levantamento ainda mostra que, nos últimos dois anos, o número de obras não concluídas com recursos federais aumentou de 29% para 38,5%. Entretanto, os números podem ser muito maiores.

Em discurso no Palácio do Planalto, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que o governo de Jair Bolsonaro apagou obras não concluídas dos sistemas federais de monitoramento e controle. “Nem sabemos quantas obras no Brasil estão paralisadas. Cada um tem um número. Nem o próprio ministério, cada pasta, consegue precisar quantas obras temos paralisadas hoje. Isso é a demonstração do caos que estamos recebendo”, afirmou.

Em 22 de dezembro, o vice-presidente, Geral Alckmin, disse que o legado do governo Bolsonaro seria de “14 mil obras públicas paralisadas em todo o país”. A fala foi feita na divulgação do balanço das ações levantadas pelos grupos técnicos responsáveis pela transição do governo.

“Essas obras paralisadas resultam em crianças e adolescentes sem escolas; em doentes sem hospitais; em pessoas em situação de rua sem abrigo. Como mostra o relatório do TCU, a educação foi a maior prejudicada. E, mais uma vez, lembramos que isso não é um acaso, mas um projeto”, afirma a diretora do Sinpro-DF Luciana Custódio.

A dirigente sindical lembra que a construção de escolas sempre foi um pleito do Sinpro, da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) e de todos os movimentos que lutam por uma educação de qualidade. “É nosso dever manter essa pauta viva e cobrarmos que esse número absurdo de obras paralisadas seja zerado. Ter escolas, hospitais, praças públicas, ciclovias, sistemas de saneamento e urbanização é um direito da população e um dever do Estado”, diz.

MATÉRIA EM LIBRAS