Nova onda de Covid instala o caos nas escolas do DF

A Secretaria de Saúde do DF informou hoje que a taxa de transmissão de covid no Distrito Federal no último dia 31 de maio  chegou a 1,5. Segundo reportagem do DF1, da TV Globo, a taxa de transmissão de Covid está há 20 dias acima de 1 na região do DF. Isso indica aceleração no número de contágios da doença. As escolas são parte desse problema: desde meados de maio, o Sinpro-DF recebe, quase que diariamente, pedidos de orientação sobre o que fazer com escolas que estão vivendo o novo surto de Covid e outras doenças respiratórias. E também cobra essas orientações da SEDF, que só faz referência à nota técnica 09/22, de 20 de abril, que desobriga os estudantes (e apenas os estudantes) a usarem máscaras nas escolas.

Na tarde desta quinta-feira (2/6), a Secretaria de Saúde publicou ofício tornando novamente obrigatório o uso de máscaras em locais fechados e aglomerados do Distrito Federal. Esse ofício não traz informações específicas para ação nas escolas, públicas ou privadas.

O Sinpro enviou na manhã desta quinta-feira (02/06) mais um ofício à SEDF (foto) solicitando reunião de emergência com a secretaria para discutir a questão do aumento dos casos de Covid nos ambientes da rede pública distrital de educação.

 

Mais uma promessa não cumprida

Em reunião entre a comissão de negociação do Sinpro e a SEDF na última terça-feira, instados a orientar a categoria quanto ao calendário de vacinação para quem havia tomado a dose única de Jansen, a secretária Hélvia Paranaguá e o secretário executivo Isaías Aparecido da Silva fizeram contato com o subsecretário de saúde, Divino Valero Martins, que informou que os postos de saúde do DF já estavam orientados a vacinar com nova dose as pessoas vacinadas há pelo menos 120 dias com dose única da Jansen.

Passadas 48 horas dessa reunião, o Sinpro observa que nem a categoria foi comunicada pela secretaria, nem os postos de saúde: diretores do Sinpro tentaram se vacinar nos postos de saúde, e não conseguiram.

 

Caos anunciado e inação do GDF

No entendimento da diretoria colegiada do Sinpro, essa nova onda de Covid já era esperada tendo em vista a desastrosa edição de decretos dos governos Bolsonaro e Ibaneis, que retiraram o caráter emergencial da situação e eliminaram todas as medidas de contenção do vírus, como distanciamento social, uso de máscaras e de álcool 70% e, sobretudo, a vacinação em massa.

A diretoria do sindicato defende a urgente a continuidade das campanhas de vacinação de todas as idades, mas, sobretudo a imunização com a terceira dose de adolescentes entre 12 e 17 anos. Também solicita da SEDF um calendário de vacinação para quem tomou a dose única da Jansen – caso da maioria dos profissionais de nossa categoria.

O Sinpro também entende ser imprescindível o investimento do Governo do Distrito Federal (GDF) na vacinação das crianças o mais rápido possível. Para os(as) adolescentes que já tomaram as duas primeiras doses, é importante que tomem a terceira. O sindicato também cobra do governo a deflagração de nova campanha de imunização, com todas as doses, para quem ainda não se vacinou – inclusive para os profissionais da educação, a maioria vacinada com dose única da Jansen.

Mesmo com esses cuidados básicos e já conhecidos para prevenção de Covid, ainda faltam orientações claras da SEDF com relação ao que fazer diante do crescente número de profissionais e alunos infectados. “A nota técnica não orienta, por exemplo, a quantidade mínima de casos de Covid que obrigaria a escola a suspender suas aulas e efetuar procedimentos de sanitização”, reclama a diretora do Sinpro Luciana Custódio.

 

Agora tem

Na reportagem do DF1, o âncora Fabio William encerrou a reportagem de 4 minutos sobre os casos de Covid nas escolas públicas e particulares do DF com a informação de que “a Secretaria de Educação não respondeu se tem conhecimentos dos casos apresentados na reportagem – mas agora tem”.

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