Nota de Repúdio | Mais um caso do racismo estrutural
A diretoria colegiada do Sinpro manifesta seu repúdio a mais uma demonstração cabal do racismo estrutural que se manifesta e se organiza Brasil afora.
O caso em questão, acontecido no Rio Grande do Sul, chocou o país. Um motoboy negro solicitou a presença da Brigada Militar após ser vítima de tentativa de homicídio, e acabou preso. Enquanto isso, o homem branco que o esfaqueou foi fotografado ao ser tratado com cordialidade por policiais que atenderam o chamado. O agressor subiu livremente ao seu apartamento após o ocorrido, lá deixou a faca utilizada para ferir o motoboy, e somente foi conduzido à delegacia por causa do protesto das pessoas presentes.
Em nota oficial, a corporação tratou o episódio como “dois homens envolvidos em uma ocorrência de vias de fato”, omitindo que se tratou de um esfaqueamento em que um foi agredido e outro agrediu.
É inaceitável que em pleno ano de 2024 cenas como essa aconteçam fartamente em centenas de cidades brasileiras. Tanto racismo quanto lesão corporal e tentativa de homicídio estão previstos na legislação penal. Não há margem para dúvidas.
O Sinpro-DF se solidariza com o motoboy agredido e se soma às entidades do movimento sociais, sindical e órgãos de governo que exigem celeridade na apuração dos fatos, com a devida aplicação de penalidade cabível.