Nota do Sinpro | Apoio à APP Sindicato e Repúdio a Ratinho Jr e à PGR/PR
A diretoria colegiada do Sinpro vem prestar seu apoio e solidariedade irrestritos à APP Sindicato, do Paraná, e à presidenta do sindicato paranaense, a professora Walkíria Olegário Mazeto. Também manifesta seu inteiro repúdio à Procuradoria Geral do Paraná e ao governador Ratinho Jr, pela tentativa de criminalização da greve e dos sindicatos. Os professores e professoras do Paraná estão em greve desde o dia 3 de junho em protesto contra a privatização da educação do estado, que foi aprovada pela Assembleia Legislativa, ocupada por toda a categoria – ocasião na qual a polícia de Ratinho Jr, mantendo sua tradição contra a categoria dos professores, mais uma vez agrediu violentamente quem se manifestava na Assembleia e em suas imediações, com direito a prisões abusivas.
Se a própria existência do projeto de lei estadual já é chocante por toda sua capacidade destruidora da educação laica, de qualidade socialmente referenciada, e da gestão democrática das escolas, o comportamento de Ratinho Jr e da Procuradora do Estado do Paraná, Mariana Carvalho Waihrich são ainda mais estarrecedores.
Em decisão flagrantemente ilegal e abusiva, que fere o direito constitucional de greve, a doutora Mariana achou por bem decretar a prisão da professora Walkíria, da APP Sindicato. Na falta de uma lei específica para combater o direito legítimo à greve de qualquer trabalhador ou trabalhadora, a doutora Mariana acusa a professora Walkíria de “Desobediência, de acordo com o art. 330 do Código Penal”.
A PGR e o governador do Paraná buscam, com isso, a criminalização dos trabalhadores, dos sindicatos e do direito constitucional à greve. Nem a APP Sindicato, nem a professora Walkiria irão se curvar a tamanha arbitrariedade. A diretoria colegiada do Sinpro reitera o apoio e a solidariedade à professora Walkíria e a todos os professores e professoras do estado do Paraná.
A realidade do projeto de Ratinho Jr, “Parceiros da escola”, aprovado na noite do dia 3, se traduz em uma palavra que não tem nada de bela: extermínio da educação pública. Ao impor a lógica do mercado no processo pedagógico e entregar tudo nas mãos de uma “empresa gestora”, que vai “garantir serviços públicos educacionais com mais eficiência e eficácia”, além de “se comprometer com a melhoria da infraestrutura e do ensino”, Ratinho Jr vai conseguir um único feito: destruir a educação pública, laica e socialmente referenciada.
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