Nota de repúdio

Nós, professores, reunidos em assembléia do dia 16/03/2010, repudiamos o tratamento de exclusão que a Secretária de Educação, Eunice Santos, a diretora de ensino especial, Giselda Carvalho e a promotora Márcia Pereira da Rocha, da Promotoria de Justiça de Defesa da Educação (PROEDUC) deram àss duas crianças especiais Ádamo de Morais Porto (síndrome de Down) e Marília Machado dos Anjos (microcefalia), ambas com seis anos, na tentativa de excluí-las da rede pública de ensino do DF. A promotora Márcia, da PROEDUC, chegou a tal ponto, que elaborou um parecer ao juiz para que ele negasse uma liminar impetrada pelos pais que garantiria as duas crianças na escola. Apesar do tratamento de exclusão e do desrespeito aos direitos de duas crianças especiais, os pais das crianças supracitadas pressionaram a Regional de Taguatinga e conseguiram a abertura de uma nova turma no CEF 18 de Taguatinga (antiga Escola Normal), favorecendo, com isso, mais treze crianças além das duas citadas, e garantindo também o acompanhamento de um monitor para essas duas crianças especiais durante todo o ano.
Apesar de estarem matriculadas, estas duas crianças especiais ficaram mais de 20 dias sem aulas pelo descaso das pessoas acima citadas.
A inclusão ainda está longe da realidade das escolas públicas do DF, mas, com luta e determinação, vitórias vão sendo conquistadas!

Que esta nota seja publicada no próximo QUADRO NEGRO e no SITE do SINPRO para que todos os professores sejam informados da tentativa de exclusão a que foram submetidas estas duas crianças especiais.
Obs: Ressaltamos que no CEF 18 de Taguatinga (antiga Escola Normal), as duas crianças foram acolhidas com muita receptividade e carinho por parte da direção, demonstrando a sensibilidade da escola, seu compromisso educacional com a inclusão dos alunos especiais.

Cleoman da Silva Porto ( pai do Ádamo)
Gilberto Antonio dos Anjos ( pai da Marilia)