Nota de apoio à greve dos/as professores/as de Curitiba

Cnte-banner-nota-publicaA Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE, entidade representativa de mais de 2,5 milhões de profissionais que atuam nas escolas públicas de nível básico do país, manifesta irrestrito apoio à greve dos professores e professoras de Curitiba.
O Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba – SISMMAC, com a categoria mobilizada, aguardou sem sucesso o atendimento da reivindicação de redução do prazo proposto para implantação do novo Plano de Carreira do Magistério de Curitiba. Diante da intransigência do Executivo municipal os professores e professoras do magistério de Curitiba decidiram pela greve.
O plano de carreira é indispensável para projetar o futuro na vida profissional. A vida no trabalho é um conjunto de escolhas e para os professores é a chave para a permanência no magistério. Professores motivados, com trajetória definida pela carreira que escolheram, buscam qualificação e desempenham seu papel com consciência cidadã. Necessidades e expectativas influenciam diretamente para elevar o nível da educação. E essas são metas presentes no Plano Nacional de Educação – PNE, aprovado recentemente pelo Congresso Nacional e sancionado pela Presidenta Dilma.
Diante do impasse instalado, a CNTE requer do Executivo de Curitiba um diálogo produtivo com a Comissão de Negociação do SISMMAC, considerando que as políticas de valorização do magistério perpassam a estruturação da carreira do magistério. Um profissional bem remunerado, com condições de trabalho adequadas, formação continuada e com ascensão na carreira terá melhores perspectivas de desenvolver o seu trabalho no espaço escolar.
A CNTE entende ser dever também do Poder Executivo municipal o cumprimento dos requisitos para a oferta da educação pública de qualidade, à luz dos princípios elencados na Constituição Federal (art. 206), dentre os quais figuram a valorização dos profissionais da educação. E negar essa condição significa restringir direitos não só aos educadores, mas à sociedade em geral, que não terá a escola pública que almeja.