No Dia Internacional da Mulher, Sinpro-DF parabeniza e convida mulheres para a luta

A diretoria colegiada do Sinpro-DF homenageia e parabeniza todas as professoras, orientadoras educacionais e educadora da carreira do Magistério.  O 8 de Março ­─ Dia Internacional das Mulheres ─ de 2021 é um dos mais significativos da história dessa data porque, este ano, no Brasil, as mulheres enfrentam uma das piores crises econômicas e sanitárias.

 

A data sempre foi momento de mobilização, marchas, protestos e ações em todo o mundo. As mulheres brasileiras se organizavam em grandes passeatas. Este ano não é diferente. Serão realizadas ações em todo o País.  No Distrito Federal, a mobilização será de forma unificada pelas mulheres da capital federal e do Entorno e conta uma programação diversificada que deve durar até o fim do mês. (Veja a programação abaixo).

 

O Sinpro-DF aderiu, como o faz todo ano, ao Março Feminista Antirracista Unificadas DF e Entorno, e tem promovido, desde a última semana de fevereiro e vai até o fim de março, uma série de atividades virtuais, com matérias, reportagens, debates, lives, vídeos e programas de TV sobre a questão da mulher e da educadora nas redes sociais e na TV Comunitária do Distrito Federal. O lema dessas ações é “Pela Vidas de Todas as Mulheres, Auxílio Emergencial e Vacina Já! Fora Bolsonaro e seu governo assassino!”

 

Nesta segunda-feira (8), às 16h, por exemplo, promove uma roda de conversa virtual para celebrar o Dia Internacional da Mulher com a participação especial da mineira Cida Mendes, a Concessa – personagem que a atriz interpreta no seu canal do YouTube “Tecendo Prosa”, que tem mais de 300 mil inscritos. A atividade virtual, intitulada “8 de Março – Uma data marcada por lutas e resistências”, faz parte do Março Feminista Antirracista Unificadas DF e Entorno, iniciativa em curso que marcar o mês de março várias atividades, como lives, debates, publicação de matérias, reportagens, artigos entre outras ações.

 

A roda de conversa será, a partir das 16h, em todas as redes sociais do Sinpro-DF (YouTube, Instagram e Facebook) e pela TV Comunitária de Brasília (TV Cidade Livre), no canal 12 da NET e em suas redes sociais.  “A unificação dos movimentos de mulheres na última década nas ações do 8 de Março nos aponta que é possível avançar e conquistar a emancipação das mulheres. Temos muito a construir e conquistar”, afirma Vilmara Pereira do Carmo, diretora da Secretaria de Mulheres do Sinpro-DF.

 

Ruth Brochado, diretora do Sinpro-DF e integrante da Secretaria de Mulheres, destaca que “o 8 de Março é uma construção de resistência permanente! ” Para falar dos assuntos, o sindicato reuniu parlamentares e dirigentes sindicais da própria educação do Distrito Federal, afinal, ninguém melhor do que as sindicalistas para retratar o problema que aflige a categoria e discutir com professoras(es) e orientadoras(es) educacionais a situação e o papel da mulher na sociedade, na família, na escola e no mercado de trabalho.

 

O  “8 de Março – Uma data marcada por lutas e resistências” traz para a discussão cinco temas cotidianos e primordiais para a categoria: violência doméstica, precarização do trabalho da educadora na pandemia, educação como instrumento que liberta, a cultura como instrumento de resistência e reforma administrativa. Mônica Caldeira, diretora do Sinpro-DF e também da Secretaria de Mulheres, avalia que “não avançaremos na construção de um mundo justo e igualitário enquanto o machismo continuar matando as mulheres e continuar na impunidade”.

 

 Rosilene Corrêa, diretora do Sinpro-DF, lembra que sempre que há crises em qualquer país, mas, sobretudo no Brasil, as mulheres são as primeiras a serem atingidas. Ela destaca que, com a pandemia da Covid-19, a mulher tem sofrido ainda mais com desemprego, violência doméstica e feminicídio. “Com certeza o ano de 2020 e agora, 2021, tem sido dois anos muito ruins para todos, mas, principalmente, para as mulheres, pois já carregamos muitas tarefas ao longo da vida e ainda vivemos a realidade da desigualdade. Espero que este 8 de março sirva para uma reflexão profunda a respeito de tudo isso”, afirma. A diretora destaca algumas lutas que as mulheres enfrentaram por melhores condições de vida e trabalho.

 

“Nós mulheres batalhamos muito pelo direito ao voto e a Lei Maria da Penha. Temos uma capacidade gigante de organização para ir à luta e não desistir. No governo Michel Temer, mas, principalmente agora, no governo Jair Bolsonaro temos sofrido retrocessos imensos em termos de conquistas das mulheres. Antes tínhamos políticas públicas sendo implementadas e que faziam a diferença na vida das mulheres. Com o golpe contra a ex-presidenta Dilma, perdemos espaço no sentido de cuidados e responsabilidades do Estado”, lamenta.

 

Rosilene explica, ainda, que a crise econômica criada pelos governos Temer e Bolsonaro e a gestão neoliberal do ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes, é que tem piorado não só o problema do desemprego e da renda, mas, principalmente, a pandemia do novo coronavírus.

 

“É justamente o contrário do que diz a mídia comercial, como a Globo entre outras. Neste 8 de março a nossa categoria e a população precisa lutar por recursos para a educação e pela revogação da Emenda Constitucional 95, que congelou, de forma criminosa, por 20 anos, os gastos do governo com a saúde e a educação e, agora, contra a PEC 186/2019, que aprofunda a EC95”, afirma.

 

A professora da rede pública de ensino e diretora da Secretaria de Mulheres da CUT-DF, Thaísa Magalhães, avalia a gestão do governador Ibaneis Rocha (MDB) e do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) como péssima e que os prejuízos causados pela pandemia foram potencializados, consideravelmente, por eles, o que obrigou as mulheres a repensarem a mobilização deste ano. 

 

“Em nossas mobilizações, sempre pautamos nossas lutas específicas por uma sociedade mais justa, com direitos igualitários para todas e todos, mas também levamos temas gerais, como Lula Livre e defesa da democracia, por exemplo. Neste ano, tendo em vista a péssima gestão da pandemia feita pelos governos federal e distrital, as pautas da política geral ganharam força”, afirma.

 

E completa:  “Este ano, excepcionalmente, não realizaremos ato de massa, como fizemos em outros anos anteriores. A ideia inicial era que, unificadas, as mulheres fossem às ruas e realizassem grande mobilização. Porém, no DF, Ibaneis não comprou vacina e segue aguardando pelo plano de vacinação do governo federal. Já a nível nacional, o governo Bolsonaro tem se mostrado negligente e genocida e deixado claro que vidas não são prioridades. Dessa forma, as ações para a construção do 8 de março têm ocorridos virtualmente”, disse.

 

O 8 de Março Feminista Antirracista Unificadas DF e Entorno está organizado desde 2016 e é formado por mulheres de mais de 80 Coletivos, entre movimentos sociais, políticos, Organizações Não Governamentais (ONGs), além de centenas de mulheres que não estão organizadas, mas que contribuem para o movimento. Desde então, a luta do grupo tem movimentado a capital federal. Para se ter ideia da força do grupo, em 2017, por exemplo, a mobilização reuniu mais de 15 mil mulheres na Esplanada dos Ministérios.

 

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