No Dia dos Aposentados, Sinpro reafirma luta pela revisão da alíquota previdenciária

O reajuste da alíquota previdenciária e a ampliação da base de cobrança para aposentados(as), implementados com a reforma da Previdência, ainda impactam significativamente a vida financeira dessas pessoas. Por isso, neste 24 de janeiro, Dia das Aposentadas e dos Aposentados, o Sinpro traz como uma das principais lutas a revisão da alíquota aplicada de maneira inconstitucional pelo Governo do Distrito Federal.

“O Dia da Aposentada e do Aposentado é uma data de reflexão e valorização da experiência e da história dessas pessoas. Isso passa, necessariamente, pela valorização de seus benefícios previdenciários, essenciais para a garantia da dignidade da pessoa humana”, explica a coordenadora da Secretaria de Assuntos dos Aposentados do Sinpro, Elineide Rodrigues.

 

Elineide Rodrigues, coord. da Secretaria de Assunto dos Aposentados do Sinpro, em atividade na CLDF, pela revisão das alíquotas previdenciárias

 

Com a reforma da Previdência, aposentados(as) e pensionistas do DF que recebem até o teto do Regime Geral de Previdência Social (R$ 8.157,41 em 2025), antes isentos, passaram a ter desconto de 11% sobre o que exceder o salário mínimo (R$ 1.518,00 em 2025). E quem tem remuneração superior ao teto do RGPS é taxado em mais 14%. Cada percentual incide sobre uma faixa salarial. A regra adotada pelo governo Ibaneis Rocha é mais severa do que a adotada pelo antigo governo federal, além de ferir os trâmites legais previstos na própria reforma da Previdência.

“Assim que tivemos informações sobre esse verdadeiro golpe nos aposentados e nas aposentadas, nós do Sinpro iniciamos uma luta intensa e permanente para suspender essa alteração. Nossa luta vem surtindo efeito”, afirma Elineide Rodrigues. Ela se refere à posição do Supremo Tribunal Federal (STF), que iniciou o julgamento sobre o tema e tem maioria formada (7 x 3) contra a aplicação e ampliação da alíquota previdenciária para aposentados(as) com salário inferior ao teto do RPPS (mesmo valor do RGPS), antes da adoção de outras medidas que poupam esse grupo.

A diretora do Sinpro Consuelita Oliveira, também da Secretaria de Assunto dos Aposentados, lembra que “o STF voltará a analisar a questão neste ano, e pode ser que a avaliação dos ministros mude”. “Por isso, é importante que fiquemos atentos e mobilizados para cobrar da Corte uma posição que garanta alívio e justiça financeira para nós, aposentadas e aposentados”, alerta a dirigente sindical.

Chicão Alves, que também é diretor do Sinpro, na pasta de aposentados, ressalta que “a Secretaria de Assuntos dos Aposentados do Sinpro tem sido uma voz ativa nessa luta das aposentadas e dos aposentados”. “Defendemos uma política de cuidado, promovendo o bem-estar, a dignidade e a valorização, incondicional,

da vida. Isso passa, necessariamente, pelos direitos trabalhistas, por melhores condições de trabalho e garantias salariais.”

 

Da esquerda para direita, Chicão Alves, Elineide Rodrigues e Consuelita Oliveira, diretor e diretoras do Sinpro, na Secretaria de Assuntos dos Aposentados

 

Intergeracionalidade
Para a coordenadora da Secretaria de Assuntos dos Aposentados, Elineide Rodrigues, a luta intergeracional é essencial para garantir a continuidade da qualidade na educação pública, e está diretamente ligada à luta sindical.

“Ao unir diferentes gerações professores, professoras, orientadores e orientadoras educacionais em torno de um objetivo comum, fortalecemos a luta sindical e ampliamos nossa capacidade de incidir nas políticas públicas educacionais. Essa união intergeracional nos permite compartilhar experiências, construir um legado de conhecimento e garantir que as conquistas já alcançadas sejam preservadas e ampliadas para as futuras gerações, assegurando assim uma educação pública de qualidade para todos e todas”, afirma Elineide Rodrigues.

Segundo ela, essa luta intergeracional ganha destaque diante “de um cenário de mudanças e desafios para o serviço público”.

 

Edição: Vanessa Galassi

 

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