Mudanças na programação da Greve Geral da Educação

A programação da Greve Geral da Educação, marcada para 18 de março, mudou. O ato que seria realizado na Praça do Buriti foi alterado.  Agora, o novo local de concentração será em frente ao Teatro Nacional, a partir das 10h. De lá, trabalhadoras e trabalhadores seguirão em marcha pela Esplanada dos Ministérios.

De acordo o diretor do Sinpro-DF, Cleber Soares, a mudança ocorreu devido aos últimos acontecimentos na conjuntura política do país. O dirigente explica que o poder Executivo tem ameaçado enviar à toque de caixa ao Congresso Nacional, a Reforma Administrativa e vários outros projetos que representam retrocessos para classe trabalhadora. Sendo assim, no dia 18 de março, o magistério público do DF somará forças com demais categorias em um grande ato unificado – Dia Nacional em Defesa do Serviço Público, dos Servidores, Contra a Privatização e o Desmonte do Estado – convocado pela CUT e outras centrais sindicais.

“Em âmbito nacional, diversos projetos representam prejuízos aos trabalhadores. A Reforma Administrativa, por exemplo, propõe o fim do regime jurídico único, fim da estabilidade no emprego, além de propor alterações na Constituição Federal que permitem que salários sejam reduzidos. Entre outras propostas  ameaçadoras, como a Reforma Tributária e a PEC Emergencial. No atual cenário de retiradas de direitos e ataques propositais à democracia, mais que nunca, a classe trabalhadora deve se unificar”, explicou.

Já a diretora do Sinpro e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Rosilene Corrêa, reitera ainda que apesar da mudança e da ampliação do ato, o recorte nas bandeiras de luta com foco nas pautas locais continua firme. Entre elas, a busca por uma educação pública, laica e de qualidade socialmente referenciada, a defesa do novo Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica permanente (FUNDEB), bem como o cumprimento da Meta 17 do Plano Distrital de Educação (PDE).

“De modo geral, a educação e o serviço público estão na mira do desmonte. Aqui, na capital, o retrocesso não tem sido diferente e o GDF tem seguido a mesma linha do governo federal. Estamos enfrentando desrespeito, desvalorização, congelamento de salários e muitos outros ataques. Vamos para as ruas dar uma resposta à altura e mostrar ao governo que a educação e toda a classe trabalhadora tem que ser respeitada. Por isso, no dia 18, estaremos todos unidos na luta contra o desmonte”, conclamou Rosilene Corrêa.