BCE-UnB recebe exposição itinerante Metamorfose: Amor e suas formas”

 

A exposição itinerante “Metamorfose: Amor e suas formas”, da artista plástica e professora de Artes Mary Jô, está aberta ao público na galeria da Biblioteca Central da Universidade de Brasília (BCE-UnB). A mostra começou no dia 21 de agosto e prossegue até o dia 4 de setembro na BCE. Ainda sem previsão de data, ela será exibida na Biblioteca Nacional de Brasília (BNB) em 2024.

De autoria da professora do contrato temporário Josélia Mary Soares Orfanidis (Mary Jô) e coordenada por Francimeire Nava, a exposição é interativa: a artista apresenta suas obras e convida algumas escolas para participar. Nesta etapa em curso, as escolas convidadas são o Centro de Ensino Fundamental de Brasília (CEF 07), o Centro de Ensino Médio Paulo Freire e a própria UnB. É também uma mostra itinerante por acontecer em alguns espaços de exposição, os quais são agendados com as escolas anteriormente.

A mostra tem por objetivo convidar a sociedade, principalmente, a comunidade escolar, a refletir e a debater sobre os temas propostos: a importância da educação; educação ambiental; preconceitos raciais, condutas comportamentais moldadas pela internet, ou seja, questões relacionadas ao cotidiano das pessoas que fazem parte da cidade, qualquer cidade.

“O intuito é o de ampliar o debate sobre os temas propostos e propiciar que a exposição adquira uma nova forma (metamorfose), pois, ao transitar em espaços da cidade, vai se transformando no percurso, com novas obras, novas abordagens temáticas e novas escolas. É uma proposta educativa e um convite à reflexão, que começou em 2018 e prosseguiu até 2020, quando ocorreu a primeira aula inaugural sobre o tema: O Amor e Suas Formas, no Centro de Ensino Médio Paulo Freire”, explica a artista plástica.

A exposição é composta por obras elaboradas com materiais descartados pela sociedade, estão insertas em um conceito contemporâneo e inspiradas por leituras filosóficas e mitológicas. Também tem outros objetivos. “Com isso, convida a sociedade a refletir também sobre temas relacionados com o cotidiano de qualquer cidade, tais como: a relação das pessoas com o meio em que vivem; valores; educação; Internet; e, até mesmo, como uma pessoa é influenciada por esse cotidiano e como esses movimentos interferem na vida dos indivíduos muitas vezes ocasionando transformações em seu dia a dia”, explica a professora.

A mostra fornece elementos para que o(a) observador(a) repense questões relacionadas a temas bem marcantes, antagônicos e dicotômicos na atual sociedade, como a educação, a busca e a construção do conhecimento, o livre pensar, a livre expressão da arte e a preocupação com meio ambiente e a sustentabilidade, o racismo e o novo tema – o Amor. São apresentadas algumas representações estilizadas de espécies de borboletas brasileiras que representam o ciclo de formação de um indivíduo que vai se modificando com o passar do tempo; além de alguns textos/fragmentos da obra ‘Metamorfoses’ do poeta do poeta romano Publius Ovidius Naso.

Além disso, as cartas escritas por professores(as) e estudantes. Nos espaços da exposição, há áudio da leitura das cartas e as cartas estarão à disposição do público para serem lidas. Os estudantes que participam do projeto visitam a exposição nos espaços agendados em conformidade com o planejamento e o Calendário Escolar.

Itinerários e realizações

 

Na primeira fase, antes da pandemia da covid-19 (2020-2022), a mostra aconteceu na BNB, na Biblioteca do Anexo do Ministério do Meio Ambiente (MMA); na Biblioteca do Parque Olhos D’Água; BCE-UnB e na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Este ano, continuam no projeto as escolas que participaram na primeira fase das mostras anteriores: CEF 07de Brasília; Centro de Ensino Médio Paulo Freire e UnB. Com possibilidades de novos agendamentos de escolas para 2024.

“Nas aulas inaugurais, que aconteceram em julho e agosto deste ano, nas escolas da rede pública, apresentei questões sobre educação (a importância da educação); educação ambiental (resíduos plásticos que contaminam fontes, rios, oceanos) e racismo. Visitei o Departamento de Filosofia, uma vez que as obras da mostra são inspiradas em leituras filosóficas e mitológicas, e os estudantes estão respondendo as questões formuladas pela professora de filosofia Andréa Negrão: Quem ama, cuida? É melhor ser amado do que temido, ou o contrário? Alguns estudantes da UnB estão escrevendo as cartas, lá mesmo, na galeria”, explica Mary Jô.

Ela informa que, em 2023, em se considerando o aumento dos discursos de ódio e da violência praticadas contra estudantes e professores, o tema “amor – e suas formas” (Έρως: Éros – amor, paixão, desejo apaixonado, desejo ardente; Φιλία: Philía  – amizade; Aγάπη: Ágape – afeição, amor fraternal, objeto de afeição; Στοργή: ternura – Storgé – Amor familiar) está sendo debatido nas escolas e na UnB.

Para o Ensino Fundamental e Médio, a artista realiza uma aula inaugural sobre o tema denominada de “Aula – Amor” para promover o debate. Nessa aula, professores(as), coordenadores(as), orientadores(as) educacionais contribuem com suas falas e com o planejamento de como acontecerá o debate entre os(as) estudantes. A artista leva duas de suas obras: o “AMOR”; e a obra interativa “A Máquina do Amor”, ambas elaboradas, especialmente, para a aula. A escola interessada em participar deve entrar em contato pelo e-mail mjjmsorfanidis@gmail.com ou pelo telefone (61) 98300-9496. Os contatos podem ser feitos pelos endereços do Instagram @mjsarteciclismo @brasiliailstresdesconhecidos. Para apoiar o projeto financeiramente, basta passar um PIX para o CPF: 28707788134 ou apontar a câmera do celular para o QR Code a seguir.