Moção de apoio à greve dos(as) trabalhadores(as) da Prefeitura de Florianópolis

A defesa do serviço público de qualidade é um direito e, principalmente, um dever de todos(as) os(as) servidores(as) públicos(as). É também uma obrigação de toda a população brasileira usuária, que paga impostos para que eles existam e sejam ofertados com qualidade. Todavia, entre 2016 e 2022, os serviços públicos municipais, estaduais e federais passaram por um ataque sistemático dos governos neoliberais com o intuito de sucateá-los para privatizá-los, o que até hoje reflete negativamente na vida de todos, todas e todes.

Uma das repercussões desses ataques são os salários defasados e as condições de trabalho precárias das categorias que atuam em muitas Prefeituras. Por essas e outras razões, o Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) declara seu apoio à greve dos(as) trabalhadores(as) da Prefeitura Municipal de Florianópolis e repudia a opressão que o governo Topázio Neto (PSD) tem cometido contra o movimento paredista.

Em vez de receber os(as) trabalhadores(as) do serviço público de Florianópolis com respeito, o governo ataca o movimento e criminaliza a categoria por defender seus direitos. Em greve desde o dia 31/5, os(as) servidores(as) não são recebidos para negociação. O governador Topázio Neto, um empresário que se tornou prefeito, tem promovido, segundo denúncias do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem), uma escalada autoritária contra o sindicato e a categoria, com ameaças de demissão, multas e prisão de trabalhadores(as) em greve.

Além da luta por melhores salários e condições de trabalho, na pauta de reivindicações, a categoria exige a realização de concurso público e o fim da profusão de terceirizações por meio de organizações sociais, um modelo de gestão privatista, que acumula denúncias, em todo o País, de fraudes e de precarização dos serviços, dos salários e dos direitos dos trabalhadores, e, principalmente, de sucateamento do atendimento à população.

Assim como a recente greve do Magistério Público do Distrito Federal, suspensa em 25 de maio, após o governador Ibaneis Rocha (MDB) abrir as portas do Palácio do Buriti para a negociação, a greve dos(as) trabalhadores(as) da Prefeitura de Florianópolis também é por valorização dos profissionais e pelo pagamento de pisos e carreiras do Magistério, Enfermagem e quadro civil, que estão em lei e são descumpridos pelo prefeito.

A categoria também luta em defesa do direito à Previdência e por condições de trabalho dignas, exige respeito ao direito constitucional à greve e ao direito da população de ter um serviço público de qualidade. O Sinpro-DF se solidariza com a categoria, que reivindica abertura da Mesa de Negociação Permanente para tratar das pautas com responsabilidade e a retirada imediata de todas as ameaças e tentativas de punição dos(as) trabalhadores(as) em greve.

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