Mobilizações populares reivindicam direito à saúde neste 7 de abril

Diante da maior crise sanitária da história do Brasil, sindicatos e outras organizações da sociedade civil realizam atos em todo o país neste 7 de abril, Dia Mundial da Saúde. Encabeçadas pela CUT e pela Frente Brasil Popular, as ações ainda pedem a quebra de patente das vacinas, geração de emprego e Fora, Bolsonaro. Em Brasília, a ação é realizada no gramado em frente ao Ministério da Saúde, onde serão estendidas faixas com as pautas da luta.

“Tomando os devidos cuidados para evitar a propagação do vírus, exigiremos que os governantes priorizem a vida. Só com a vacinação de toda a população será possível a retomada irrestrita das atividades econômicas e a volta à normalidade com segurança e saúde”, disse o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues.

Nacionalmente, a CUT realizará uma live também neste 7 de abril, às 19h, para debater o atual cenário brasileiro. Entre os convidados, o senador, médico e ex-ministro da Saúde, Humberto Costa (PT), o médico sanitarista e pesquisador da Fiocruz Claudio Maierovitch, e Fernando Pigatto, presidente do Conselho Nacional de Saúde. Pela CUT participam a secretária de Saúde do Trabalhador da Central, Madalena Margarida Silva, e Antonio Lisboa, secretário de Relações Internacionais. O debate será retransmitido pela página do Sinpro-DF no Facebook.

Educação em luta
Neste 7 de abril, a CNTE também assina o chamado internacional “Salvar Vidas e Proteger o Trabalho”. Ao lado de sindicatos e organizações do mundo inteiro, a Confederação afirma que “é uma obrigação política e moral vacinar toda a população sem discriminação de renda ou nacionalidade”. Leia a íntegra do documento em aqui.

No Dia Mundial da Saúde, a CNTE ainda apresenta duas pautas do setor da educação: lockdown nacional por 21 dias e Auxílio Emergencial de R$ 600. “Proteger profissionais da educação é salvar a comunidade”, se manifestou a entidade nas redes sociais.

Dia Mundial da Saúde em plena pandemia
O Dia Mundial da Saúde foi criado em 7 de abril de 1948 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientizar a sociedade sobre qualidade de vida e sobre fatores que afetam a saúde da população. A data contrasta com a atual conjuntura nacional: brasileiros enfrentam a maior crise sanitária da história com o agravamento da pandemia do novo coronavírus e têm no comando do país um presidente negacionista, que sabota as medidas preventivas indicadas por autoridades da área de saúde, espalha desinformação (fake news) e orienta a população a usar o kit covid, que ele chama de tratamento precoce.

Com aproximadamente 3% da população mundial, o Brasil concentra 30% de novas infecções registradas diariamente em todo o planeta. Especialistas na área de saúde apontam que abril pode ser o pior mês da pandemia até agora e que, se nada for feito, o Brasil terá um total de 600 mil mortes até julho.

“A CUT definiu em suas resoluções elencar o ‘Fora, Bolsonaro’ como luta central. É imprescindível associar isso a todas as lutas, como as pela vacina e pelo emprego, porque com ele no governo não vamos conseguir reverter essa situação”, diz a secretária de Saúde do Trabalhador da CUT.

Segundo a dirigente sindical, o mote desse ano é “salvar vidas, proteger o trabalho, vacina para todos e todas e em defesa da quebra de patentes”.

Quando fala em “quebra de patentes”, a secretária se refere à licença compulsória ou obrigatória de patentes. Na prática, isso significa uma suspensão temporária do direito de exclusividade do dono do produto, que permite a produção, uso, venda ou importação do produto ou processo patenteado por um terceiro, desde que tenha sido colocado no mercado.

Fonte: Com CUT Brasil