Mídia ataca greve geral e tenta jogar trabalhadores contra os sindicatos

A mídia não perde oportunidade para atacar, desqualificar e difamar a luta da classe trabalhadora. Nesta sexta-feira (30), quando a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras centrais sindicais autônomas e combativas convocaram seus sindicatos para a greve geral nacional, a Rede Globo, em todos os seus telejornais, sobretudo no DF TV, divulgou matéria e opiniões contra a greve, contra o Sinpro-DF e contra outros sindicatos que lutam contra as reformas trabalhista e da Previdência.
Nos comentários da matéria sobre a greve, o jornalista insufla a população a ter ódio dos sindicatos e fez uma comparação inadequada ao dizer que enquanto os professores das escolas privadas trabalhavam, os professores filiados ao Sinpro-DF estavam fora das escolas, fazendo greve e deixando centenas de “alunos” sem aula.
O jornalista comentarista omitiu do seu noticiário as razões da greve geral. Escondeu do telespectador as condições de trabalho dos professores que atuam nas empresas privadas de educação e de outros profissionais da iniciativa privada que não têm direitos trabalhistas assegurados. Excluiu dos comentários contra o Sinpro-DF e contra o Sindicato dos Rodoviários os prejuízos que a reforma trabalhista em curso no Senado irá trazer para toda a classe trabalhadora e para os futuros trabalhadores do Brasil.
Em mais uma jogada mal-intencionada e com o claro objetivo de jogar a população contra o movimento sindical, o comentarista da matéria, que foi feita sem ouvir todos os lados e sem dizer todos os motivos da greve, não mostrou os prejuízos que a reforma da Previdência irá causar na vida de todos os brasileiros, sobretudo dos mais pobres. Na opinião da diretoria colegiada do Sinpro-DF, se os sindicatos e a sua luta contra a retirada de direitos fossem inexpressivos, não estariam nas pautas dos jornais.
O jornal também não destacou o que realmente prejudica a população. O Distrito Federal, por exemplo, está aí com um governador que descumpriu inúmeras leis e com escolas sem professores porque ele não convoca os concursados e isso não é pauta do jornal. No momento, o atual governador foi denunciado por improbidade administrativa por não contratar mão de obra concursada e isso não entra no destaque dos comentários.
Rollemberg é denunciado por improbidade administrativa pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). A denúncia foi divulgada pelo jornal Metrópoles. O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) é alvo de denúncia de improbidade administrativa. Na ação, o MPDFT acusa o chefe do Executivo de nomear servidores comissionados no Instituto de Defesa do Consumidor (Procon-DF) em vez de convocar aprovados em concurso público. A secretária de Planejamento, Leany Lemos, também é alvo da denúncia.
O MPDFT pede a suspensão dos direitos políticos dos dois por cinco anos, cobra multa de R$ 1,8 milhão (Rollemberg) e R$ 1,4 milhão (Leany), além do ressarcimento do dinheiro gasto com o pagamento dos servidores indevidamente nomeados.
De acordo com o Ministério Público, em maio de 2016, o Procon contava com 54 comissionados e apenas cinco servidores. “Chama a atenção a quantidade de assessores técnicos (comissionados), cargo que deveria ser preenchido por candidatos aprovados para o cargo de Técnico de Atividades de Defesa do Consumidor”, destaca o promotor Guilherme Fernandes Neto, que assina a ação.
Realizado em 2012, o concurso para o Procon foi prorrogado até março de 2016. Segundo o MPDFT, quando Rollemberg assumiu o GDF, recebeu a notificação para que nomeasse os aprovados na seleção. O governador, no entanto, alegou que o ato não seria possível devido a impedimentos da Lei de Responsabilidade Fiscal.
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