MEC prorroga consulta pública do NEM

A pedido de diversas entidades educacionais, o Ministério da Educação prorrogou por mais 30 dias a consulta pública sobre o Novo Ensino Médio (NEM). Prevista para terminar nesta terça-feira (6/6), a consulta se estenderá até julho, com audiências nos estados, realização de pesquisas e um circuito com especialistas em educação.

Segundo o ministério, a discussão do NEM ocorrerá de forma descentralizada, com audiências em todas as regiões do país. Até agora a consulta pública recebeu 7.881 sugestões.

 A decisão pela ampliação do prazo atende a uma solicitação de instituições quem colaboram com o Ministério da Educação (MEC) na realização da consulta: o Conselho Nacional de Educação (CNE), o Fórum Nacional de Educação (FNE), o Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais e Distrital de Educação (Foncede) e o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed).

Com a prorrogação, haverá outros três webinários com especialistas, nos dias 12, 19 e 26 de junho. A ideia é ampliar algumas ações e criar novas oportunidades de ouvir manifestações dos diferentes segmentos da comunidade escolar. O Consed também pretende promover, em 23 e 24 de junho, em Brasília, um encontro de trabalho envolvendo técnicos da etapa de todas as 27 secretarias estaduais e do Distrito Federal.

Segue em processo a realização de uma consulta on-line com estudantes, professores e gestores. A ideia é utilizar recursos de comunicação rápida para ouvir os três segmentos da comunidade escolar, buscando entender seu conhecimento e expectativas sobre a reestruturação do ensino médio. É possível enviar propostas para o Novo Ensino Médio a partir da plataforma Participa+ Brasil. Clique aqui. 

Alvo de críticas de entidades educacionais como a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o NEM, na prática, não cumpriu a proposta de trazer um caráter mais dinâmico às escolas e não ofereceu alternativas aos estudantes que buscam uma preparação voltada ao ingresso no mercado de trabalho.

O Novo Ensino Médio segue a cartilha do neoliberalismo, propõe uma formação que foge da base para construção do acesso ao trabalho decente, do ingresso à universidade, de estímulo ao pensamento crítico e de um projeto de país, segundo educadores ouvidos pela CNTE.

 

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