Massacre do Eixão completa dois anos

No último sábado (28), dia do Servidor Público, completaram dois anos que educadores(as) da rede pública de ensino, trabalhadores(as) da educação e diretores(as) do Sinpro-DF foram agredidos de forma covarde pelo batalhão de choque da PM, a mando de um governador truculento e autoritário: Rodrigo Rollemberg. O episódio, conhecido como o Massacre do Eixão, foi um dos momentos mais dramáticos da luta sindical em Brasília, quando soldados armados investiram contra trabalhadores e trabalhadoras que faziam uso de seu direito democrático de manifestar, bem aos moldes da ditadura militar.
Enquanto os manifestantes portavam bandeiras e faixas, os policiais usavam balas de borracha e gás lacrimogêneo contra a multidão e as cenas dessa barbárie foram amplamente divulgadas em todos os veículos de comunicação da época. Educadores(as) foram jogados no chão, imobilizados pelo pescoço e agredidos física e verbalmente, por aqueles que deveriam ser os protetores da sociedade.
Infelizmente, nesses dois anos nada mudou. A postura neoliberal de Rollemberg é sentida em cada uma de suas ações que dizem respeito aos servidores e servidoras. Inúmeros têm sido os calotes e a perseguição contra todas as categorias que compõem o serviço público no Distrito Federal, seguindo o cerceamento de direitos empregado pelo Estado mínimo do golpismo.
Os servidores públicos não são os únicos alvos dos calotes de Rollemberg. O GDF também vem deixando de honrar seus compromissos e cumprir a lei junto aos trabalhadores terceirizados de asseio e conservação e segurança privada, que sofrem constantes atrasos de salários e são demitidos em massa. Enquanto aplica um pacote de maldades em cima da sociedade e da classe trabalhadora, Rollemberg aposta na privatização das empresas públicas, no aumento de impostos e na terceirização de hospitais. As ações seguem o roteiro implementado nacionalmente pelo presidente ilegítimo Michel Temer.
Para o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto, relembrar esse fato é fortalecer a vontade da luta. “A classe trabalhadora não se acovarda frente ao autoritarismo do governo neoliberal de Rodrigo Rollemberg. Continuamos fazendo o enfrentamento na defesa dos direitos e pela garantia de avanços significativos para todos os trabalhadores e trabalhadoras”, conclui.